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06/01/2024 às 07h53min - Atualizada em 06/01/2024 às 07h53min

Cachorro é adotado após ser encontrado abandonado dentro de saco amarrado em Varginha (MG)

G1
Reprodução / EPTV
De ‘ex-abandonado’ a cãozinho adotado. A história de um cachorro que foi encontrado dentro de um saco plástico amarrado na zona rural de Varginha (MG) recebeu novos rumos após a adoção nesta sexta-feira (5).

O animal foi encontrado na manhã dessa quinta (4). O resgate foi gravado e o vídeo circulou pelas redes sociais. Agora, com novos ‘aumigos’ e um espaço para morar, ele já tem até nome: Bernhard Johnson.

“Eu escutei os gritos dele. Eu fiz as atividades escutando e os cachorros aqui da portaria ‘começou’ a latir. Eu fui lá olhar, aí encontrei ele dentro desse saco amarrado, com um fio de arame por cima, praticamente foi jogado lá”, conta Vitor Galdino, autônomo que salvou a vida do cão.

O Bernhard Johnson foi encontrado em uma lavoura de café na zona rural de Varginha. A sorte é que o local fica perto do curral onde o Vitor trabalha; e foi isso que acabou salvando a vida do cãozinho.

“É uma coisa que o dono que fez isso aí, o sentimento dele é muito pouco, né? Perante a tudo, a gente acha, eu no meu caso, que qualquer animal tem que ser tratado de acordo”, completa Galdino.

O que parecia ser o fim da vida do cachorro, acabou se tornando uma sorte maior ainda. Isso porque além do Vitor, há uma empresa próxima com funcionários que gostam de animais e inclusive já ‘adotaram’ alguns cães que ficam por perto.

“A gente não mede esforços para cuidar deles. Então, a gente ama esses animais. Ele é a segurança da empresa, a gente brinca. E é isso, o amor mais puro e verdadeiro do mundo está ali”, afirma Stephanie Souza, assistente administrativo.

A responsável pelo setor de Defesa e Bem-Estar Animal da Prefeitura de Varginha explica que o canil da cidade está acima da lotação. A orientação, então, é que a unidade não receba animais saudáveis.

“Lembrar que esses animais vão viver em média 13 anos. Então, por 13 anos a gente vai ter que dar alimento, assistência médica veterinária, carinho, amor, tempo, espaço, então, vai haver custos também. E se eu não tenho condição de proporcionar bem-estar animal para esse animalzinho pro resto da vida dele, não pega, não cuide do animal. Isso é a primeira coisa que a gente tem em mente para evitar o abandono”, afirma Marisley Camillo de Barros Neves, responsável setor de Defesa e Bem-Estar Animal.

Os maus-tratos aos animais não se limitam à agressão física, abrangendo qualquer comportamento que coloque em risco a integridade física e emocional dos mesmos.

Segundo Tcharla Toledo, presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB Varginha, isso inclui atos como abandono, ferimento, mutilação, exposição a condições climáticas extremas, aprisionamento em correntes ou coleiras, além da falta de assistência veterinária e alimentação adequada.

A legislação, conforme a advogada, estabelece penas que variam de 2 a 5 anos de prisão, perda da guarda do animal e até aplicação de multa. Essas penalidades podem ser aumentadas em ⅙ a ⅓ em casos de morte do animal.

“É preciso denunciar. Você pode denunciar na prefeitura, no Centro de Zoonoses, Centro de Bem-estar animal, mas a prefeitura vai só recolher o animal até a adoção ou não. Para responsabilizar criminalmente é preciso denunciar para os órgãos competentes. Esses órgãos vão investigar e comprovado o crime de maus tratos a pessoa poderá pegar a pena de prisão”, completa.

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