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26/12/2023 às 16h32min - Atualizada em 26/12/2023 às 16h32min

Lei Rouanet: Ministério da Cultura libera captação de 7,6% de verba em 2023

Mais de 10 mil projetos pediram total de R$ 16 bilhões, mas governo federal liberou apenas R$ 1,2 bilhão; orçamento previsto para 2023 era de R$ 2,5 bilhões

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
O Ministério da Cultura (MinC) liberou a captação de 7,6% de todo o dinheiro que foi pedido via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, no primeiro ano do governo Lula.

Ao todo, foram solicitados financiamentos que totalizam R$ 16,7 bilhões, mas nem todo o dinheiro foi repassado.

De acordo com o governo, o Ministério da Cultura recebeu 12.265 propostas. Destas, 10.676 foram consideradas aptas, “número muito superior do que anos anteriores”, informou a pasta.

Porém, até 19 de dezembro, foram liberados R$ 1,2 bilhão, ou seja, um total de 7,6% do valor total pedido.

O ministério projeta que esse valor pode aumentar para R$ 2,5 bilhões, considerando todo o ano fiscal.

Em 2022 — último ano do governo Jair Bolsonaro —, o valor efetivamente renunciado totalizou R$ 2,1 bilhões.

O governo afirma que o aumento no número de propostas foi uma tendência natural após a modernização do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SALIC), com mais agilidade na avaliação para admitir propostas.

Como funciona a captação via Lei Rouanet
O Ministério da Cultura explicou que as propostas são apresentadas em plataforma digital livremente, por qualquer pessoa.
Essa solicitação é avaliada por uma equipe técnica do MinC e, caso cumpra as exigências da lei, recebe a autorização de captação de recursos junto aos investidores (empresas e pessoas físicas) para a realização do projeto.

A partir daí, o produtor terá um ano para conseguir os recursos. Quem decidir apoiar pode ter o valor abatido do Imposto de Renda (total ou parcialmente, dependendo do projeto).

Empresas poderão deduzir até 4% do imposto devido, e pessoas físicas até 6%.

Criada no governo Collor
A Lei Rouanet foi criada em 1991, durante o governo do ex-presidente Fernando Collor, com o objetivo de ajudar o setor cultural a captar recursos para atividades como festivais, exposições e peças de teatro, por exemplo.

As regras atuais permitem benefícios para:
  • R$ 25 mil para artistas, solistas e modelos (valor por apresentação)
  • R$ 50 mil para grupos artísticos e bandas (exceto orquestras)
  • R$ 5 mil por apresentação por músico.
  • R$ 25 mil para maestro ou regente, no caso de orquestras.
  • O limite de valor que pode ser captado de empresas varia, dependendo do tipo de atividade cultural:

R$ 1 milhão para empreendedor individual, com enquadramento de microempreendedor individual, com até quatro projetos ativos.
Para os demais enquadramentos de MEI com até oito projetos ativos, o valor é de R$ 6 milhões.

Para empresas com até 16 projetos, o valor é de R$ 10 milhões.
Todos os projetos precisam ter uma contrapartida ao público, como desconto nos ingressos ou apresentações gratuitas.
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