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06/12/2023 às 12h45min - Atualizada em 06/12/2023 às 12h45min

Mega-assalto em Araçatuba: Justiça Federal condena nove homens a penas que somam mais de 470 anos de prisão

Ataques a agências bancárias que deixaram três mortos na cidade e um prejuízo de R$ 17 milhões ocorreram em 29 e 30 de agosto de 2021. Os réus podem recorrer das decisões.

Assessoria de imprensa
Criminosos fizeram 'escudo humano' com moradores de Araçatuba (SP)
Terror em Araçatuba: saiba como foi o mega-assalto a agências bancárias

A Justiça condenou nove homens pelos ataques a agências bancárias de Araçatuba (SP), que deixaram três mortos e um prejuízo de R$ 17 milhões, ocorridos em 29 e 30 de agosto de 2021. Juntas, as penas ultrapassam 470 anos de prisão em regime fechado
Conforme de decisão da 1ª Vara Federal de Araçatuba, dos 18 réus, nove foram condenados a penas de 40 a 65 anos de prisão por integrar organização criminosa, latrocínio consumado e tentado, roubo majorado pelo concurso de pessoas, restrição da liberdade das vítimas, emprego de arma de fogo e explosão de obstáculos, incêndio e acionamento de explosivos.

Outros nove réus foram absolvidos por insuficiência de provas (veja abaixo detalhes das penas). As sentenças foram publicadas nesta terça-feira (5), pelo juiz federal Fabio Luparelli Magajewski. Os réus podem recorrer das decisões.

Mega-assalto
Na noite do dia 29 de agosto de 2021, membros da organização criminosa, fortemente armados, entraram em Araçatuba em veículos blindados e fizeram ataques simultâneos a agências bancárias e às sedes do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) e do Comando de Policiamento do Interior (CPI-10).

Câmeras de segurança do batalhão flagraram os policiais posicionados com armas do lado de dentro do prédio e, em seguida, saindo do local para o confronto.

Veículos na região central e nas rodovias de acesso à cidade foram incendiados, para impedir o deslocamento da equipe policial. Próximo à Praça Rui Barbosa, onde estão situadas as agências roubadas, os assaltantes fizeram reféns e "armaram" explosivos.

Após o ataque, o centro da cidade permaneceu isolado durante dois dias, até que os explosivos fossem desarmados. Três pessoas morreram, sendo dois moradores e um criminoso. Outras cinco também ficaram feridas, entre elas, um ciclista que teve os pés amputados após ser atingido por um explosivo.

A investigação policial identificou os suspeitos a partir de materiais genéticos coletados em vestígios do crime, quebras de sigilo de dados telefônicos e perícias sobre aparelhos eletrônicos.

A instrução do processo judicial foi realizada em 15 audiências para oitiva de 33 testemunhas e 20 interrogatórios.

A ação durou duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga. Veja o resumo do crime:
  • Grupo de 30 criminosos atacou três agências bancárias. Em duas delas, os bandidos conseguiram levar dinheiro; a terceira teve apenas os vidros atingidos por tiros; o valor não foi informado;
  • Veículos foram incendiados para fechar vias e atrapalhar a chegada da polícia;
  • Criminosos fizeram moradores e motoristas reféns, sendo que algumas das vítimas foram feitas de “escudo humano”; grupo também usou drone para monitorar a chegada da polícia;
  • Três pessoas morreram na cidade, entre elas, um criminoso; outras cinco ficaram feridas, incluindo o jovem que teve os pés amputados;
  • Dois suspeitos de participar do crime morreram em outras cidades, sendo um em Sumaré (SP) e outro em Piracicaba (SP);
  • 32 suspeitos foram presos;
  • Ruas do Centro de Araçatuba foram isoladas, pois explosivos foram espalhados pela cidade; Gate apreendeu 98 bombas; trabalho para detonar e desativar levou mais de 30 horas;
  • Explosivos deixados por criminosos tinham sensores para ativar explosões; outros eram acionados a distância (mensagem ou ligação);

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