AtaNews Publicidade 728x90
17/11/2023 às 11h35min - Atualizada em 17/11/2023 às 11h35min

Dino diz que não vai exonerar secretários e assessores por reuniões com dama do tráfico e braço financeiro de facção

Assessoria de imprensa
Foto: Ministro da Justiça e Segurança Pública
O ministro minimizou o caso e disse que os secretários não praticaram crime ao receber a esposa de um dos maiores líderes do tráfico de drogas em reuniões

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que não irá exonerar os secretários e assessores que receberam a "dama do tráfico" Luciane Barbosa Farias em audiências no Palácio da Justiça.

A fala de Dino ocorreu na quinta-feira (16), durante um evento no Ceará.

O ministro minimizou o caso e disse que os secretários não praticaram crime ao receber a esposa de um dos maiores líderes do tráfico de drogas em reuniões.

“Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e de seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado não ia ser o secretário, era eu”, declarou.

Dama do tráfico
Casada há 11 anos com o “criminoso número um” dos procurados da polícia amazonense, Luciane e seu marido – Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas – foram condenados em segunda instância por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

De acordo com o Ministério Público, Clemilson adquiriu seu poder econômico em função do tráfico de drogas. O procurador Mário Ypiranga Monteiro Neto, em um trecho de sua denúncia em 2018, elencou que o criminoso costumava penalizar impiedosamente seus devedores, “ceifando-lhes a vida sempre que os crimes em que se envolvem lhes tornam credor”.

O MP do Amazonas classificou Luciene como o “braço financeiro” dos empreendimentos criminosos de seu marido. Segundo o departamento, ela exercia “papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’.” Seu ofício rendeu-lhe a “confiabilidade da cúpula da Organização Criminosa ‘Comando Vermelho’”. Em dezembro de 2012, o casal apresentou bens de R$ 30 mil na declaração de Imposto de Renda.

Enquanto Tio Patinhas cumpre 31 anos de detenção no presídio de Tefé (AM), sua esposa, condenada há dez anos, recorre em liberdade.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »