AtaNews Publicidade 728x90
20/10/2023 às 17h48min - Atualizada em 20/10/2023 às 17h48min

Jejum intermitente realmente funciona? Essa prática é segura para todos?

A prática milenar cristã que compreende longos prazos sem ingestão de alimentos ressurgiu na atualidade

Assessoria de imprensa, Ana Luísa Fonseca
Nutricionista Thiago Cunha. Foto: Leandro Guieiro
A medida em que a busca por um corpo ideal tem sido cada vez mais frequente, estratégias alimentares antigas ressurgem. Este é o caso do jejum intermitente, que consiste em longos períodos onde não é feita ingestão de alimentos ou de calorias. Na prática, só é permitido o consumo de bebidas como água e chás que não contenham calorias. A partir de 12h, ele pode ser feito em qualquer intervalo, mas os tipos de jejuns intermitentes mais famosos são de 12,16,24 e 36 horas.

O nutricionista Thiago Cunha, sócio da Clínica Be Light, e especialista em performance, emagrecimento e longevidade, explica que, no jejum intermitente, a perda de peso ocorre devido ao déficit calórico que funciona de forma mais intensa, já que o organismo tem uma baixa calórica de maneira mais severa. “Quando o corpo entre em déficit calórico, ou seja, começa a gastar mais calorias do que ele ingere, esse déficit calórico faz com que haja a perda de peso”, explica. Ele ressalta que é importante lembrar que nessa estratégia ocorre a perda de peso - e não necessariamente só de gordura.

Thiago destaca que, além da perda de peso, o jejum intermitente possui outros benefícios à saúde, como o controle de glicemia devido à baixa da glicose no sangue, um menor estufamento gástrico, fazendo com que se tenha um melhor trânsito intestinal.

No entanto, ele afirma que, nos períodos de jejum intermitente, ocorre uma baixa de energia, uma vez que o nosso aporte calórico cai significativamente, e isso pode causar alguns efeitos colaterais - visto que essa pessoa que tem uma demanda calórica diária começa a não ingerir as calorias necessárias. Dentre os efeitos colaterais mais comuns, ele aponta sensações como náuseas, vômito, cansaço, tonteira e em casos mais extremos até episódios de desmaio.

O nutricionista explica que o jejum intermitente se trata de uma estratégia nutricional que deve ter início, meio e fim - e que nesse processo deve ser levada em conta a rotina de cada pessoa, para saber se o jejum intermitente é saudável e seguro para o paciente. “O problema é a generalização e como isso é colocado para qualquer paciente. Para pacientes em fase de crescimento ou com a rotinas diárias muito intensas, em determinados casos, essa talvez não seja a melhor estratégia”, destaca.

Thiago finaliza dizendo que esse processo deve ser feito de forma gradativa. De acordo com ele, o paciente não pode começar esse jejum de forma brusca, fazendo de imediato longos períodos e que ele deve estar atento e refletir se esse tipo de estratégia intensa cabe na sua rotina. Ele conclui afirmando que as pessoas devem tomar cuidado sobres essas informações que vêm na internet, e que é imprescindível o acompanhamento de um nutricionista ao longo de todo o processo.
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »