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18/10/2023 às 17h15min - Atualizada em 18/10/2023 às 17h15min

Rosberg aconselha Russell a não ser bonzinho na batalha com Hamilton

Alemão foi o único companheiro de equipe a bater o britânico na briga pelo título

Assessoria de imprensa
Divulgação/Mercedes
Piloto da Merdedes entre 2010 e 2016, Nico Rosberg foi companheiro de Lewis Hamilton em quatro temporadas da Fórmula 1. Durante os anos de parceria, Rosberg e Hamilton protagonizaram diversas batalhas dentro das pistas e não foram raras as vezes em que ambos abandonaram corridas por baterem um com o outro.

Nesta temporada, o cenário se repetiu na escuderia, mas desta vez com George Russell, atual companheiro do heptacampeão mundial. No GP do Catar, logo na primeira volta, Hamilton bateu em Russell durante disputa pela segunda colocação e foi forçado a abandonar a corrida. Após o fim do evento, Lewis se desculpou com seu colega.

Na visão de Rosberg, Russell não pode ser "bonzinho" no duelo com Hamilton.

“É uma situação muito difícil para George. Infelizmente, você não pode ser apenas o cara legal nessa situação – você também precisa manter a pressão internamente. Infelizmente, é preciso dificultar as coisas para o time. É uma droga, mas, caso contrário, o time sempre seguirá o caminho mais fácil", afirmou Rosberg, que foi o único companheiro de equipe a vencer Hamilton em uma disputa pelo título mundial, em 2016.

"Foi bom no Catar para George, porque Lewis realmente admitiu [que estava errado]. Essa foi uma grande vitória para George nesse sentido, o que é muito raro porque na minha época Lewis nunca teve 100 por cento de culpa, então ele nunca teve que admitir [a culpa]", completou.

"É muito, muito raro que Lewis tenha 100 por cento de culpa nisso, geralmente nunca acontece, é para ser observado. É uma batalha interessante e uma abertura dinâmica", acrescentou.

Antes do incidente no Catar, os pilotos já haviam protagonizado um clima de tensão no GP do Japão, quando, após alguns duelos, trocaram mensagens de rádio com seus engenheiros em tons mais intensos do que o habitual.

“As coisas estão esquentando porque também em Suzuka estava bem acima do limite em um momento, quando os dois tiraram um ao outro da pista. É muito desconfortável porque George precisa pressionar – o que ele faz no rádio, você o ouve dizendo coisas como: ‘de novo’ e coisas assim", continuou.

Nas duas ocasiões, Toto Wolff, chefe da Mercedes, não estava presente pessoalmente nos boxes da equipe em função de uma cirurgia, que o impossibilitou de viajar ao Japão e ao Catar. Mesmo com Hamilton descartando que a ausência do chefe tenha relação com os problemas, Rosberg enxerga Toto como a única pessoa possível para lidar com com esse tipo de situação envolvendo seus pilotos.

“[A ausência de Wolff] não teria sido o ideal porque Toto é a única pessoa que pode lidar com isso – a única pessoa que tem autoridade e respeito para poder lidar com isso, e ele é o cara certo para fazê-lo”, emendou o alemão.

“Ninguém mais pode forçá-los a se sentar e conversar. Acho que será muito bom para o Toto voltar às pistas", concluiu Rosberg.

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