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28/09/2023 às 13h06min - Atualizada em 28/09/2023 às 13h06min

Cientistas criam Inteligência Artificial capaz de detectar vida alienígena

Desenvolvedores do novo método dizem que a tecnologia é o "santo graal da astrobiologia"

History
Foto: Divulgação
Pesquisadores anunciaram a criação de uma Inteligência Artificial capaz de detectar vida alienígena. Segundo um estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences, o método é capaz de distinguir entre amostras de origem biológica e não biológica com 90% de precisão. Seus desenvolvedores dizem que a tecnologia é o "santo graal da astrobiologia". 

Diferenças em padrões moleculares
De acordo com o o cientistas, a Inteligência Artificial pode diferenciar amostras bióticas de abióticas ao detectar diferenças sutis em seus padrões moleculares, conforme revelado pela análise de cromatografia gasosa de pirólise (que separa e identifica as partes componentes de uma amostra), seguida por espectrometria de massa (que determina os pesos moleculares desses componentes). O método poderia ser usado para procurar evidências de vida em rochas marcianas coletadas pela sonda Curiosity ou para investigar as origens de rochas antigas e misteriosas encontradas na Terra.

Buraco feita pela sonda Perseverance para coletar amostras de Marte (Imagem: NASA/JPL-Caltech/Divulgação, via EurekAlert)

“Este método analítico de rotina tem o potencial de revolucionar a procura de vida extraterrestre e aprofundar a nossa compreensão da origem e da química da vida mais antiga na Terra”, disse Robert Hazen, pesquisador da Carnegie Institution for Science e um dos líderes do estudo. “Isso abre caminho para o uso de sensores inteligentes em espaçonaves robóticas, sondas e rovers para procurar sinais de vida antes que as amostras retornem à Terra”, completou.

“A procura por vida extraterrestre continua a ser uma das missões mais empolgantes da ciência moderna”, disse Jim Cleaves, líder do estudo e pesquisador do Carnegie Institution for Science. “As implicações desta nova investigação são muitas, mas há três grandes conclusões: primeiro, a um nível profundo, a bioquímica difere da química orgânica abiótica; segundo, podemos olhar para amostras de Marte e da Terra antiga para saber se já estiveram vivas; e terceiro, é provável que este novo método possa distinguir biosferas alternativas daquelas da Terra, com implicações significativas para futuras missões astrobiológicas”, explicou.

Segundo os cientistas, a técnica poderá em breve resolver uma série de mistérios científicos na Terra, incluindo a origem dos sedimentos de 3,5 bilhões de anos encontrados na Austrália Ocidental. Alguns pesquisadores afirmam que essas rochas podem conter os micróbios fósseis mais antigos da Terra, enquanto outros afirmam que são desprovidas de sinais de vida. “Estamos aplicando nossos métodos agora para resolver essas questões de longa data sobre a biogenicidade do material orgânico nessas rochas”, disse Hazen.

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