Foto: Divulgação O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (14), emendando o 10º pregão consecutivo de perdas. Segundo levantamento do TradeMap, a última vez que o índice registrou 10 recuos seguidos foi em 1984.
Investidores repercutiram a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), e monitoraram o noticiário internacional, em meio a preocupações com a China.
Ao final da sessão, o índice recuou 1,06%, aos 116.810 pontos, no menor patamar desde o final de junho.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,24%, aos 118.065 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
- quedas de 1,21% na semana e de 3,18% no mês;
- ganhos de 7,59% no ano.
- No mercado cambial, o dólar fechou em alta de 1,26%, vendido a R$ 4,9655.
O que está mexendo com os mercados? O principal destaque da agenda econômica brasileira nesta segunda-feira (14) ficou com o IBC-Br. Considerado a prévia do PIB do país, o indicador subiu 0,43% no segundo trimestre deste ano, o que representa uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre (2,21%).
Os dados ainda apontam para um avanço de 0,63% em junho em relação a maio e de 2,10% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Vale lembrar que, no primeiro trimestre, os números oficiais do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram de uma alta de 1,9% puxada por uma disparada de 21,6% no agronegócio.
Além disso, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus — relatório que reúne as projeções do mercado para a economia brasileira. As expectativas dos economistas consultados para a inflação caíram de 3,88% para 3,86% em 2024, mas se mantiveram em 4,84% para este ano, ainda acima do teto da meta.
Caso as estimativas se concretizem, o índice de preços brasileiro (IPCA) deve terminar mais um ano acima da meta do BC, de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.
No exterior, os olhos estão voltados para a situação da China, que vem demonstrando uma fraqueza na economia. Mais tarde, o país divulga dados de varejo e indústria, que podem trazer novas sinalizações sobre como anda a atividade.
Informações da mídia internacional dizem que a Country Garden, uma das maiores empresas do ramo imobiliário do país asiático, enfrenta sérios problemas financeiros e está tentando renegociar a data para o pagamento de títulos de dívidas. Isso preocupa os investidores, que temem que a situação de alastre para outras empresas e comprometa a economia.
Nos Estados Unidos, o dia é de agenda vazia, mas o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quarta-feira (16).
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