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19/06/2018 às 10h40min - Atualizada em 19/06/2018 às 10h40min

Entenda por que de fato o Brasil está melhorando, mas você não percebeu

Como o mercado de trabalho é o último a se recuperar depois de uma crise, a população ainda não recuperou totalmente o otimismo e a confiança

Portal Brasil
Foto: Imagem Ilustrativa
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil oficialmente saiu da recessão e, já no ano passado, voltou a crescer. Em meio a essa retomada, foi possível reduzir a inflação para o menor nível em duas décadas, derrubar os juros para o piso histórico e começar a recuperar o mercado de trabalho. No entanto, mesmo com todos esses dados positivos, muitos brasileiros dizem não sentir a melhora do País.

Os indicadores de confiança e de sondagem do consumidor mostram que houve alguma melhora de percepção nos últimos dois anos, mas que ainda não foi possível recuperar totalmente o otimismo das famílias. Em maio, o Índice de Confiança do Consumidor, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou um ligeiro recuo.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt, a preocupação com o mercado de trabalho levou a essa piora. Dentro dessa sondagem, há um indicador que mede a percepção sobre a situação atual, um termômetro que mostrou melhora na passagem de abril para maio. No entanto, a pesquisa revela que, mesmo com essa alta, o indicador está em níveis historicamente baixos. Essa percepção também tem limitado a intenção de consumo das famílias.

“A diminuição do ímpeto de compras de bens duráveis, pelo segundo mês consecutivo, retrata um consumidor preocupado com a dificuldade de se conseguir ou manter o emprego”, explica Viviane Seda.



Soluções mágicas

Uma das explicações é que o cenário negativo do qual o Brasil saiu ainda é muito recente. Em 2015, a economia encolheu 3,5%; em 2016, principalmente por conta dos primeiros meses, registrou uma nova queda, também de 3,5%. Um recuo dessa magnitude, o maior da história, teve efeitos devastadores, principalmente no mercado de trabalho, que, ao fim de uma crise, é o último a se recuperar.

A resposta que os governos podem dar às crises também não é simples e rápida. Medidas populistas, de acordo com pesquisadores, poderiam agravar ainda mais a situação do País. Por isso, a opção do governo atual, como o próprio presidente Michel Temer tem explicado, foi resolver o problema, mesmo que isso levasse à impopularidade.
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