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16/05/2023 às 11h24min - Atualizada em 16/05/2023 às 11h24min

Magazine Luiza registra o maior prejuízo em 10 anos

É o quinto rombo trimestral consecutivo da companhia

Assessoria de imprensa
A receita líquida do grupo atingiu R$ 9,1 bilhões, aumento de 3,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado | Foto: Foto: Divulgação
O Magazine Luiza teve um prejuízo líquido de pouco mais de R$ 390 milhões de janeiro a março deste ano. O valor é mais que o dobro da perda de R$ 160 milhões registrada no mesmo período de 2022. Esse é o quinto prejuízo trimestral consecutivo e o maior tombo da varejista desde 2011, quando abriu capital e entrou para a bolsa de valores. O balanço foi divulgado na segunda-feira 15.

Resultado
Conforme a companhia, o resultado foi influenciado pelo efeito das despesas financeiras. O mercado já estimava uma perda decorrente das pressões da alta da taxa de juros sobre o financeiro, mas o prejuízo ficou acima de estimativas de equipes de análise do mercado financeiro.

As vendas totais, incluindo lojas, estoque próprio no on-line e o marketplace, alcançaram R$ 15,5 bilhões, avanço de 10% no período.

Considerando a plataforma digital, a companhia registrou alta de 20% nas vendas de lojistas parceiros e de 6% nas vendas de mercadorias da própria rede.

Por conta da expansão de quase 20% na plataforma, entre janeiro e março, pela primeira vez a companhia alcançou vendas no marketplace, em valor (R$ 4,3 bilhões) acima do registrado nos pontos físicos (R$ 4,2 bilhões).

Ação do STF impactou resultados
A receita líquida do grupo atingiu R$ 9,1 bilhões, aumento de 3,5%. A rede cita o efeito da volta do chamado Difal — diferencial de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais —, que fez com que as deduções sobre a receita bruta subissem de 17% para 20%. Isso afeta de forma significativa a margem bruta de mercadorias.

Essa diferença poderia começar a ser cobrada a partir de 2023, por determinação do Supremo Tribunal Federal. O Difal é cobrado nas operações interestaduais destinadas ao consumidor desde 2015. Acontece que, em 2021, o STF entendeu que era preciso lei complementar que o regulamentasse e algumas empresas conquistaram decisões favoráveis ao não pagamento. Em 2022, o STF determinou a cobrança a partir deste ano.

Mercado Livre avança
Considerando os resultados do varejo já apresentados, o Mercado Livre segue se descolando das outras plataformas em expansão das vendas totais on-line no Brasil, num movimento que ganhou força após 2022.

A companhia teve alta nas vendas totais de 28%. No Magazine Luiza, o avanço no on-line foi de 11% e na Via — dona das Casas Bahia — houve queda de 6%.

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