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27/04/2023 às 14h23min - Atualizada em 27/04/2023 às 14h23min

Mulher se interna para retirar miomas no útero e volta para casa com braço amputado

“Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho... tudo”, declarou Alessandra.

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
A passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, afirma que se internou no hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para retirar miomas no útero, no entanto, teve alta dias depois com parte do braço esquerdo amputado.
“SÓ LEMBRO MESMO DISSO, DE ACORDAR EM OUTRO HOSPITAL SEM O BRAÇO”, DISSE ALESSANDRA DOS SANTOS SILVA, DE 35 ANOS, QUE TAMBÉM TRABALHA COM TRANÇAS.

A família de Alessandra revela que até agora, dois meses e meio depois dos procedimentos cirúrgicos, nada foi explicado por que o braço da passista teve de ser amputado. A única informação, foi que ela corria risco de necrose, mas não o motivo disso ter acontecido.
Alessandra foi internada para a retirada de miomas, mas devido à uma hemorragia, teve que se submeter a uma histerectomia total, onde o útero foi totalmente retirado. Devido à gravidade, ela teve que ser intubada e de acordo com a família, Alessandra, tinhas as pontas dos dedos esquerdo escurecidas e braços e pernas estavam enfaixados, com alegação de que ela “estava com frio”.

Dias depois, é transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo, Rio de Janeiro, Um médico comunicou a família que iria drenar o braço, “que já estava começando a necrosar”. No entanto, a drenagem não deu certo e familiares tiveram de autorizar a amputação do membro, pois “ou era a vida de Alessandra, ou era o braço”.

MESMO APÓS A AMPUTAÇÃO, O ESTADO DA MULHER SE AGRAVOU, COM O RIM E O FÍGADO QUASE PARANDO E COM RISCO DE UMA INFECÇÃO GENERALIZADA.

A família da Alessandra afirma que ela só está viva graças aos amigos. “A gente correu muitos hospitais para tentar que ela entrasse, mas todos alegaram que ela tinha que voltar para o lugar onde ela passou pela cirurgia”, disse Lukas Matarazzo.

Agora, em recuperação, a família ainda conta com a ajuda dos amigos para arcar com os custos de todos os medicamentos e com a fisioterapia.
Um boletim de ocorrência foi feito e a família espera por justiça. “Já fizemos um requerimento nos hospitais para pegar os prontuários. A partir desse documento, a gente vai entrar com uma ação contra o Estado”, afirmou a advogada Bianca Kald.

Alessandra está noiva há 11 anos e tinha o sonho — agora impossível — de engravidar. Ela também não sabe como vai conseguir trabalhar em salões de cabeleireiro sem uma das mãos.
“Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”, declarou Alessandra.

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