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22/03/2023 às 11h42min - Atualizada em 22/03/2023 às 11h42min

Mercedes coloca 300 funcionários de férias coletivas a partir de 3 de abril em São Bernardo

No caso da GM, a fábrica de São Caetano funciona normalmente. O presidente do Sindicato dos Metalúgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, também descartou interrupção nas linhas.

Assessoria de imprensa
PLANTA DE SÃO BERNARDO DA MONTADORA TERÁ PARALISAÇÃO A PARTIR DE ABRIL (FOTO: CELSO LUIZ/DGABC
A Mercedes-Benz vai colocar 300 funcionários que atuam na fábrica de São Bernardo em férias coletivas. Eles ficarão afastados de suas funções entre os dias 3 de abril e 2 de maio. Falta de componentes eletrônicos e a “adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais” são as razões alegadas pela montadora. As demais fabricantes de veículos do Grande ABC descartaram paralisações ou afastamento de funcionários nos próximos dias.

O número de trabalhadores que ficarão em casa foi informado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A Mercedes, por nota, confirmou as férias coletivas “de forma parcial para colaboradores de algumas áreas das linhas produtivas de São Bernardo”. E reforçou ainda que isso é “resultado da falta de componentes na indústria automotiva global e nacional e também adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais”.

Na prática, a redução na produção se deve à junção de fatores como a desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados. Além disso, a mudança para o Euro 6, conjunto de normas regulamentadoras sobre emissão de poluentes para motores diesel, que começou a valer em janeiro deste ano, fez com que os clientes antecipassem as compras e gerou aumento no preço dos caminhões.

“Tivemos complicadores macroeconômicos de forma geral, mas principalmente para o financiamento dos caminhões, porque é preciso aprimorar a linha de crédito para o chamado Euro 6. Temos problemas com a alta taxa de juros. O preço do capital (para financiamento) é muito mais alto”, destacou o diretor executivo do sindicato e presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo da Silva.

Foto: Adonis Guerra/SMABC 

CRISE NO MERCADO
Ainda nesta segunda-feira (20), outras montadoras também anunciaram férias coletivas. As paralisações na produção devem ocorrer em unidades da GM (General Motors), no Vale do Paraíba (SP); Hyundai, em Piracicaba (SP); Volkswagen, em Taubaté (SP); e Stellantis, em Goiana (PE), que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Citröen e produz os SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro. O motivo também seria a desaceleração do mercado, assim como a falta de componentes da indústria.

As demais montadoras do Grande ABC descartaram a necessidade de paralisação das linhas. No início do ano, a planta de São Bernardo da Volkswagen já havia dado férias coletivas aos funcionários. O período foi de 22 de fevereiro a 3 de março, justificado pela falta de peças como lanternas, lâmpadas, barra de direção e outros tipos de componentes eletrônicos. Cerca de 8.000 veículos como Polo, Nivus, Virtus e Saveiro deixaram de ser produzidos nesse período.
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