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23/12/2022 às 20h47min - Atualizada em 23/12/2022 às 20h47min

Quanta perda de memória é normal com a idade?

CanalTech
Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Andando na rua na mesma rota para o trabalho de sempre, você está prestes a virar para a direita em direção ao escritório. Ou... será que seria para a esquerda? Cotidianamente, situações como essa podem nos fazer ficar preocupados com a perda de memória, declínio cognitivo e problemas neurológicos diversos. Há um certo grau de perda de memória normal, no entanto, como o descrito nesse incidente geográfico.

Esquecer coisas do dia-a-dia, como em que rua devemos virar ou porque abrimos a geladeira, é normal: a consistência e aumento da amnésia é que é preocupante (Imagem: wayhomestudio/Freepik)

Esquecer coisas do dia-a-dia, como em que rua devemos virar ou porque abrimos a geladeira, é normal: a consistência e aumento da amnésia é que é preocupante (Imagem: wayhomestudio/Freepik)


Perder um pouco de memória é normal
As células do nosso cérebro envelhecem junto com o resto do corpo, e os neurônios fazem menos conexões, armazenando menos das substâncias químicas necessárias para se conectar a outras células. O processo de memorizarmos coisas, no entanto, é feito para que realmente precisemos esquecer certas coisas, sendo perfeitamente normal não lembrar o nome daquele antigo colega de escola ao trombar com ele na rua.

Informações desnecessárias em grande volume só atrasariam nosso cérebro, esgotando o metabolismo e impedindo memórias importantes de se manterem frescas. A escolha do que guardamos, infelizmente, não está sempre em nossas mãos, já que o cérebro automatiza a função. O órgão costuma preferir informações sociais, como fofocas, descartando informações mais abstratas, como números ou padrões complicados.

Indo para a perda de memória relacionada à idade, há o declínio cognitivo leve, uma condição que nos leva a esquecer coisas e ver uma diminuição em algumas funções cognitivas. Ela pode ser estável, melhorar com o tempo ou mesmo piorar. O problema também indica um risco maior, de 3 a 5 vezes, de desenvolver doenças neurológicas. A demência, por exemplo, afeta de 10% a 15% dos indivíduos com declínio cognitivo leve todos os anos.

O declínio cognitivo leve nos idosos, é uma ocorrência comum, mas apenas enquanto se mantiver estável (Imagem: pressfoto/Freepik)

O declínio cognitivo leve nos idosos, é uma ocorrência comum, mas apenas enquanto se mantiver estável (Imagem: pressfoto/Freepik)


Com a condição, atividades comuns vão ficando gradualmente mais difíceis, gerando problemas com a memória, língua, pensamento e tomada de decisões. O problema é uma faca de dois gumes, já que, por um lado, alimenta a crença de que a perda de memória nos idosos é preocupante e pode levar à demência, mas, por outro, nos incentiva a procurar tratamento e planejar melhor o futuro.

Sinais do Alzheimer
Problemas na navegação espacial são um dos primeiros marcadores para o Alzheimer, a forma mais comum de demência: um aumento notável no esquecimento quando dirigimos ou nos localizamos pode ser um alerta. Atualmente, não temos uma maneira precisa, barata e fácil de detectar demência, e a ciência vem buscando testes para tal.

Alguns cientistas, por exemplo, criaram um teste de 5 minutos para verificar a habilidade de traçar caminhos, onde o paciente tenta lembrar de figuras de casas e diferenciar as que já viu das novas ilustrações apresentadas. O exame é eficiente em prever variações naturais na capacidade de navegação de pessoas jovens, mas ainda é necessário avaliar essa eficiência nos mais velhos. Não há, atualmente, cura para o Alzheimer, então é importante detectá-lo cedo para buscar lidar com o problema e planejar a vida futura dos idosos.

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