AtaNews Publicidade 728x90
08/10/2022 às 20h53min - Atualizada em 08/10/2022 às 20h53min

Sinais de fome e saciedade em bebês

Entenda como criar uma relação saudável com a alimentação desde a infância

Unimed
Foto: Divulgação
Como saber se o bebê está com fome? Será que a criança está comendo o suficiente? Eis duas dúvidas frequentes entre pais e mães durante a introdução alimentar dos bebês. A geração criada com o mandamento de “raspar o prato pra ficar forte” costuma ficar aflita diante da recusa dos filhos a certos alimentos.

Porém, antes de olhar para o prato do bebê, é importante observar a expectativa do adulto cuidador.

“Normalmente a expectativa do adulto é uma, e o que a criança realiza é outra coisa. Muitos fazem o prato da criança com o olhar do adulto, desconhecendo que no estômago da criança cabe apenas 30 ml por kg de peso. Sendo assim, pouca comida é o suficiente”, explica Carla Maria Massuia Peralles, nutricionista especialista em Nutrição Materno Infantil e Gastronomia.
 
Mas como, então, saber se a criança está com fome, satisfeita ou se realmente tem um problema de saúde impactando a alimentação? Carla Massuia nos ajuda a entender essas e outras questões:

Quais são os sinais de que o bebê está com fome ou que já comeu o suficiente?


Sinais de fome são similares em crianças e adultos: irritabilidade e impaciência são as manifestações mais comuns. Crianças também costumam se inclinar para o alimento e podem chorar. Carla Massuia lembra ainda que algumas delas citam dor de barriga, pois ainda não sabem nomear e entender o que é o “estômago roncando”.

Já os sinais de saciedade mudam conforme a idade e a capacidade de comunicação do bebê, e a própria compreensão dele sobre a função da comida. Não esqueça que até pouco tempo ele se nutria apenas com leite materno ou fórmula infantil. A alimentação sólida e os novos sabores são novidades a serem assimiladas.


5 dicas para a criança comer bem
Antes de mais nada, vale reforçar: comer bem é ter uma relação saudável com o alimento, e não necessariamente devorar um pratão.

“Cabe apenas à criança a decisão do quanto comer. A criança, como dona do seu corpo, é capaz de saber o quanto de comida é necessário para aquele momento, desde que não esteja sendo coagida e chantageada a comer. Quando o adulto já entendeu esses conceitos e tudo flui adequadamente na refeição, a quantidade aceita (ou não) não é relevante, mas sim o bem-estar e o conforto da refeição”.


Reunimos mais cinco dicas da nutricionista Carla Massuia.

- A introdução alimentar saudável não é sobre a quantidade de nutrientes ingeridos, mas sim sobre a apresentação dos alimentos.
- É necessário que todos os cuidadores estejam envolvidos e comprometidos com o bem-estar e saúde da criança, que todos estejam seguros e tranquilos.
- O ideal é que a criança coma junto com as pessoas que ama, que tenha acesso a alimentos adequados para a idade e que tenha espaço para explorar a comida de acordo com as habilidades apresentadas em cada etapa.
- Não existe “truque” para a criança comer mais. Chantagens ou recompensas podem criar uma relação equivocada com a alimentação.
- Criança come o que conhece. Se ela demonstrar que não gostou de algum alimento, é importante respeitar e agir com naturalidade. O ideal é não tirar do prato, para que o contato visual siga existindo e para que ela tenha a possibilidade de experimentar, se quiser.

 
Quando buscar ajuda profissional para a alimentação infantil


A orientação de um profissional de saúde é importante até mesmo antes da introdução alimentar. Seja para ajudar os pais a entenderem esse processo, seja para guiá-los na melhor escolha de alimentos.

Porém, algumas situações específicas requerem mais atenção. Massuia cita cinco:

- A criança apresenta apreensão, angústia, choro e desconforto nos momentos da refeição.
- O ganho de peso e estatura não ocorre conforme o esperado para a idade.
- Há grupos alimentares totalmente recusados: por exemplo, a criança não come nenhuma fruta ou legume.
- A família opta por alimentação vegetariana ou vegana (totalmente possível, mas são necessários ajustes nutricionais).
- A criança apresenta alguma condição de saúde que necessita de suporte nutricional: constipação, alergia alimentar, refluxo persistente, por exemplo.


Lembre-se sempre: as refeições são momentos de conexão com quem amamos. Quer saber uma forma de tornar esse momento ainda mais alegre? Deixe as crianças participarem do preparo dos alimentos!

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »