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04/10/2022 às 22h53min - Atualizada em 04/10/2022 às 22h53min

Alimentação saudável para idosos

Aliar sabor e nutrição na terceira idade é uma questão de equilíbrio

Unimed
Foto: Divulgação
É fato: nossa população está envelhecendo. De acordo com um relatório divulgado pela OMS, em 35 anos, 1 em cada 3 brasileiros será uma pessoa idosa.
 
Para chegar até a média de 76,8 anos ou ultrapassá-la com saúde e disposição, a receita é conhecida: praticar atividade física, manter uma alimentação saudável e fazer acompanhamento médico periódico.

Nessa fase da vida, cuidar da alimentação é mais do que simplesmente controlar os excessos de açúcar e gordura, já que algumas pessoas podem apresentar dificuldades na mastigação e problemas digestivos. Apesar de eventuais restrições e adaptações, comer com prazer é parte fundamental da qualidade de vida em qualquer idade. Para saber como oferecer uma alimentação rica em sabor e nutrientes para os idosos, confira nossas dicas.

Nutrientes essenciais: o que não pode faltar no prato?
Comer de maneira saudável durante a terceira idade não é tão diferente de quando se é jovem. Quando se trata de saúde, vale aquele ditado sobre a importância de plantar hoje para colher no futuro, substituindo o “plantar” pelo hábito de comer com equilíbrio. Confira algumas escolhas alimentares que contribuem para o envelhecimento sadio:

- Dar preferência para os alimentos in natura, ou seja, não industrializados
- Incluir, pelo menos uma vez por dia, proteínas, como carnes, leite e derivados, leguminosas e castanhas, sempre dando preferência aos produtos com menos teor de gordura
- Procurar incluir em todas as refeições algum vegetal ou fruta, para evitar a deficiência de vitaminas variadas
- Consumir alimentos ricos em vitamina D – que está presente principalmente em peixes – e cálcio, pois são substâncias importantes para a saúde óssea
- Ingerir alimentos ricos em fibras, como aveia, leguminosas e frutas, para contribuir com o bom funcionamento gastrointestinal

 
Diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares são problemas frequentes em idosos e a má alimentação pode estar entre as causas. Nesses casos, é necessário adaptar os pratos com opções de menor índice glicêmico, evitando as gorduras ruins e o sal. E, lembre-se, menos sal não significa menos sabor: aposte na infinidade de temperos naturais disponíveis para transformar as receitas.

Dificuldades na mastigação: como ajudar?


Quando passamos por um procedimento dentário, a solução mais comum para conseguir se alimentar é a ingestão de alimentos pastosos. Esse método, no entanto, não é indicado para pessoas idosas, especialmente as que têm dificuldades de mastigação.

Isso porque, toda vez que a comida é diluída, ela acaba perdendo suas características nutricionais. Outro ponto negativo é que, quando se evita o esforço da mastigação, a tendência é que o corpo da pessoa se acostume a não fazer mais esses movimentos. No fim, uma boa intenção – a de facilitar a ingestão dos alimentos – acaba causando mais problemas.

Se está difícil para o idoso mastigar, deglutir e engolir os alimentos, a forma mais indicada de lidar com o caso é procurar seu médico para receber orientações específicas.

Comer acompanhado: qual é a importância?
Muitos idosos relatam que, na fase da vida em que estão, já não sentem mais tanto apetite. Descartando a possibilidade de anemia ou outras doenças, a questão pode ser social. Por estarem sozinhas, essas pessoas não veem razão para preparar várias refeições ao dia, o que acaba interferindo na vontade e no prazer de se alimentar.


Comer acompanhado faz parte das recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, existindo, inclusive, um termo para esse hábito: comensalidade. Para quem já perdeu o parceiro ou vive longe da família, é importante manter uma rede de apoio e afeto, com cuidadores, amigos ou vizinhos, para que os momentos de refeição sejam também de socialização.

A companhia vale ainda para a segurança, seja para ler com mais clareza o rótulo de algum alimento, apontar a presença de um componente alérgico ou ficar de olho no excesso de açúcar no chá. A presença e o apoio são muito positivos, mas não esqueça que respeitar a autonomia dos idosos também é fundamental.
 

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