Foto: José LucenaO 10º dia da greve dos caminhoneiros pela redução do preço do diesel iniciou com manifestaçōes em rodovias de ao menos 11 estados. A Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas atuaram para desbloquear as estradas e escoltar caminhōes-tanque até postos de combustível. O abastecimento de serviços, que retorna aos poucos desde a última terça, começa a normalizar.
No entanto, esta quarta-feira marca o início da greve dos petroleiros, ao menos pelas próximas 72 horas, contrariando decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST). As reivindicações incluem a redução dos preços de combustíveis e do gás e a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Apesar de sinalizar a normalização, a paralisação dos caminhoneiros, até o momento, registrou protestos nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Em determinado trecho da rodovia Dutra, entre o Rio a capital paulista, caminhoneiros que decidem furar o bloqueio ainda precisam contar com a escolta policial.
Capitais como Salvador, Florianópolis, Recife e Porto Alegre apresentaram filas menores em postos de gasolina no início da manhã. No Rio de Janeiro, embora as distribuidoras já atuem sem necessidade de escolta da polícia, apenas 15% dos postos da cidade voltaram a operar.
Em São Paulo, 12% dos postos estão abastecidos. A Prefeitura publicou um decreto no Diário Oficial autorizando a circulação de caminhōes com combustíveis e derivados em horário integral pelos próximos 60 dias.
O aeroporto de Brasília, que chegou a anunciar o fim do abastecimento na última semana, divulgou operar normalmente e não ter cancelado ou adiado nenhum voo na manhã desta quarta-feira. Segundo a Infraero, seis aeroportos continuam sem combustível: Campina Grande (PB), Imperatriz (MA), Juazeiro do Norte (CE), Londrina (PR), Palmas (TO), São José dos Campos (SP) e Uberlândia/MG. O último relatório da empresa indicava dez aeroportos sem abastecimento.
Pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta mostra que 87% dos brasileiros aprovam a greve dos caminhoneiros, embora 42% sejam a favor do fim das paralisaçōes.
O presidente Michel Temer, em entrevista à TV Brasil, admitiu que o governo pode mexer na política de preços de combustíveis da Petrobras.
