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25/05/2018 às 10h52min - Atualizada em 25/05/2018 às 10h52min

Estudantes da rede estadual têm aulas de empreendedorismo

Além de estimular criatividade, matérias eletivas nas escolas ensinam sobre responsabilidade e noções corporativas.

Portal SP
Foto: Divulgação

Desde cedo, muitas crianças e adolescentes planejam seguir certas carreiras sem antes conhecer de perto o que cada uma tem de fato a oferecer. Em algumas escolas estaduais paulistas, esses jovens têm contato com disciplinas alternativas na hora de escolher uma profissão.

Pensando em estimular criatividade e abrir leque de possibilidades para o futuro profissional, muitos alunos são apresentados a conhecimentos práticos e teóricos voltados para empreendedorismo, noções de corporativas e educação financeira.

Diante disso, os jovens que se interessarem pelo setor são incentivados desde cedo a desenvolver seu próprio negócio de maneira autônoma. Algumas unidades de tempo integral desenvolvem ações que contam com a construção de modelos compatíveis com a atualidade, tendo a possibilidade de serem colocados em prática no mercado.

Criando a própria startup

Em Campinas, a Escola Estadual Culto à Ciência proporciona a matéria eletiva “Conectando IOT” (Internet of Things ou Internet das Coisas, em tradução livre). Com a disciplina, os alunos da entidade são incentivados a estudarem e produzirem as chamadas startups.

Esse modelo de negócio, que ganhou grande destaque nos últimos anos, é uma chance que os alunos têm de desenvolver uma ideia e colocá-la em prática. A proposta, dessa forma, é dividir a sala em grupos e criar uma ferramenta tecnológica que ajude a resolver um problema social.

“A nossa preocupação é dar subsídios para que os estudantes possam tirar seus sonhos do papel. Sabemos que não basta ter uma ideia ótima. É preciso saber estruturá-la e torná-la viável”, comenta o professor da disciplina, Anderson Vieira dos Santos.

Um dispositivo que controla a entrada e saída dos alunos da escola por meio do reconhecimento da digital foi uma das iniciativas apresentadas por alunos da entidade. O modelo institui a instalação de espécies de catracas ligadas a um banco de dados, que contém informações de todos os estudantes. Quem esteve por trás do projeto foi o grupo da aluna Victória Deorio.

“A ideia é fazer com que os alunos tenham liberdade e, ao mesmo tempo, responsabilidade. Ele passa a controlar os seus próprios horários e é uma oportunidade de arcar com as próprias consequências”, explica a aluna.

É a segunda vez que a jovem participa da disciplina. Ela conta que no semestre passado os estudantes desenvolveram em conjunto um aplicativo para escola, com informações como cardápios, horários, salas e clubes juvenis.

“Quando eu fiquei sabendo da disciplina, não era uma coisa que me despertava interesse. Resolvi me inscrever por curiosidade e percebi que gostava da área. Hoje eu quero seguir com a carreira de programação, já estou até fazendo um curso técnico por fora de desenvolvimento de sistema”, completa.

Paisagismo e empreendedorismo

Outra instituição de ensino paulista que promove disciplinas na área é a EE José Geraldo Vieira, em Osasco. Desde 2015, a unidade oferece matérias eletivas que vão além das que os jovens estão habituados.

Por meio da “Arquitetura, urbanismo, paisagismo e empreendedorismo”, os alunos se mobilizam para pensar melhorias no urbanismo da escola, cuidar dos jardins e produzir artigos de marcenaria.

“Além de gerar senso crítico, o aluno implanta as características dele na escola. Os pais também ajudam na inciativa com doações de material e de recursos para auxiliar na compra de tintas, pregos, vasos, etc.”, conta a professora da disciplina, Vanda Corrêa.

O Diretor Pedagógico da unidade explica que a aula de empreendedorismo vem de encontro com a ideia do Programa de Ensino Integral, que é dar autonomia aos jovens para que sejam protagonistas da própria vida.

“Os estudantes se organizam para executar o que querem, ganham noção de responsabilidade. Quando entrarem no mercado de trabalho ou abrirem o próprio negócio já saberão como agir”, afirma Teder Roberto Sacoman, diretor da unidade.
 


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