O Espírito Santo registrou este ano um dos crimes mais bárbaros de sua história. O pastor Georgeval Alves, conhecido como George, foi acusado de estuprar, espancar e queimar ainda vivos o próprio filho Kauã, de 3 anos, e o enteado, Joaquim, de 6, na casa da família, em Linhares, no norte do estado. O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de abril. O pastor está preso desde o dia 28 daquele mês. Nesta semana, a justiça prorrogou a prisão dele por mais 30 dias.
Os dois irmãos morreram carbonizados num incêndio provocado pelo pastor, no quarto onde estavam.
Laudos periciais comprovaram que, antes de serem queimados vivos – numa tentativa de ocultar o abuso sexual -, os meninos foram agredidos e estuprados.
O pastor sempre negou as acusações e, segundo a polícia, ainda tentou se promover diante da tragédia. Em uma entrevista à imprensa, afirmou que “fez o que pode” para salvar as crianças.
“Estamos diante de um crime aterrador, pavoroso e chocante. Estamos falando de um monstro”, afirmou o secretário de segurança pública do Espírito Santo, Nylton Rodrigues.
Georgeval Alves será indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. A soma das penas pode chegar a 126 anos de prisão, mas, por lei, o tempo máximo que ele pode ficar preso são 30 anos.