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23/05/2018 às 11h37min - Atualizada em 23/05/2018 às 11h37min

Novos métodos devem diminuir significativamente testes em animais

Estudo comprova que grande parte das reações nos animais são diferentes das em humanos e apoia uso de novas tecnologias em testes médicos

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Reprodução
Relatório divulgado na revista Pharmatimes feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisas em Toxicologia e Farmacologia comprovou que testes laboratoriais feitos em animais não são seguros.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas avaliaram mais de 1,6 milhões de casos em que os animais exibiram reações a substâncias que eram muito diferentes das observadas em humanos.

Isso é uma grande oportunidade para que investimentos sejam feitos em novas tecnologias capazes de substituir de vez os animais nos laboratórios – prática que tem cada vez mais se mostrado ineficaz, e insustentável.  

“Todas as companhias de ciências da vida têm um desejo de reduzir os testes em animais, e com pressão contínua dos governos, da sociedade e de grupos de defesa dos animais, as organizações farmacêuticas estão explorando formas de fazê-lo,” diz o Dr. Matthew Clark, diretor de Serviços Científicos na Elsevier em entrevista à Pharmatimes.

Já tem surgido, ao redor do mundo, inúmeras iniciativas que tentam banir os testes em animais e, inclusive, pressionam outras nações a fazê-lo. Estudos como esse são necessários para dar mais força a esse movimento, ao mostrar que sob nenhum ângulo a crueldade a qual os animais submetidos tem resultados positivos.



Recentemente, o Instituto Americano de Saúde (NIH) anunciou planos para acabar com todos os testes de uma vez só. Com a ajuda do Comitê de Físicos em Medicina Responsável (PCRM), o NIH está seguindo um mapa estratégico que os guia para longe dos testes em animais e em direção a novas tecnologias, como como os ratos e outros modelos virtuais e também o uso de chips.

“Isso vai ajudar a substituir os testes em animais, que pode falhar em prever se uma droga ou químico é danoso, com chips nos órgãos e outros métodos relevantes para os humanos,” disse a vice presidente da equipe de pesquisa da PCRM, Kristie Sullivan, em um anúncio público feito mais cedo este ano.

O debate aqui no Brasil sobre os testes em animais tem se intensificado cada vez mais, com propostas de leis constantemente sendo debatidas e votadas, principalmente após as pressões feitas por nações da União Europeia para que seguíssemos o caminho da proibição. A probabilidade é de que o tema continue em foco.
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