AtaNews Publicidade 728x90
05/02/2022 às 22h18min - Atualizada em 05/02/2022 às 22h18min

Desvendando o retinoblastoma

Tumor intraocular que atinge principalmente as crianças, tem altas chances de cura com o diagnóstico precoce

Unimed
Nos últimos dias, muito tem se falado sobre um tipo de câncer que afeta, em sua grande maioria, crianças de 0 a 5 anos: o retinoblastoma. Um tumor intraocular maligno que atinge a retina – parte do olho responsável pela visão – de apenas um olho (unilateral) ou de ambos (bilateral).  Muito raro, é responsável por cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.

Falar sobre uma doença rara, além de trazer informações importantes para a sociedade, traz também um alerta tão importante quanto: o diagnóstico precoce. Quando o retinoblastoma é identificado logo no início, as chances de cura atingem um percentual de mais 90%.

Como identificar o retinoblastoma
Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o retinoblastoma se desenvolve a partir de uma anomalia genética no cromossomo de número 13. Normalmente, o crescimento celular que causa este câncer é de forma natural, sem aviso prévio e sem ter sido causado por qualquer outro fator externo (hábitos alimentares, por exemplo).

Por se tratar de um câncer que aparece em crianças bem pequenas, que normalmente não desenvolveram completamente a fala e a capacidade de indicar quando estão sentindo algo, é possível dizer que o retinoblastoma não é fácil de ser identificado. É preciso muita atenção e observação da família e do pediatra que, a qualquer sinal, deve encaminhar o paciente ao oftalmologista.

O retinoblastoma pode ser percebido em ações do cotidiano, como por uma fotografia.


Normalmente, quando é usado o flash, os olhos saem vermelhos na imagem. Um sinal para este tipo de câncer é que o reflexo aparece esbranquiçado. O estrabismo também pode ser um sinal para a doença, mas são diversos fatores que podem causá-lo, então sempre peça orientação para o pediatra ou oftalmologista.

Como é feito o diagnóstico?
Diferente de outros tipos de câncer, o retinoblastoma é diagnosticado por avaliação clínica e não por biópsia - extração de tecidos para análise laboratorial. Este câncer é detectado em consultório através do exame de fundo de olho com a pupila dilatada.

Em alguns casos, ele pode ser identificado ainda na maternidade, no teste do olhinho. O mais importante para um bom diagnóstico é o tempo. O quanto antes ele for feito, maiores são as chances de cura. Para isso ser possível, é importante levar a criança ao oftalmologista no primeiro ano de vida ou pedir sempre uma avaliação mais profunda do pediatra nas consultas de rotina.


Tratamento

Adaptado para cada paciente, o tratamento para o retinoblastoma depende de diversos fatores como localização e tamanho do tumor, disseminação para além do olho (metástase) e prognóstico visual.

O manejo desse câncer envolve a quimioterapia, que pode ser por via intravenosa, intra-arterial, periocular (ao redor do olho) ou intraocular (no interior do olho). Em alguns casos, podem ser indicados métodos cirúrgicos (remoção do olho).

É muito importante que seja acionada uma equipe multidisciplinar com profissionais especializados como oftalmologistas, oncologistas, enfermeiros e profissionais de saúde mental, para que o tratamento ocorra de forma eficaz e alcance o resultado da cura.   
 
 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »