A pessoa está em casa, no trabalho ou andando na rua e, de repente, sente tontura, dor no peito e palpitações no coração. Enverga o corpo para em seguida cair desfalecida. Esta cena é traumática, angustiante e muitas pessoas já presenciaram porque, a cada ano, no Brasil, até 320 mil pessoas são vítimas de mortes súbitas cardíacas. A realidade é ainda mais alarmante quando se descobre que, por ano, mais de 20 milhões de brasileiros são acometidos de arritmias cardíacas, a principal causa da morte súbita. Para chamar a atenção deste cenário extremamente preocupante que a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) realiza a campanha nacional “Coração Na Batida Certa”, nesta sexta-feira, 12 de novembro, o Dia Nacional da Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. A campanha tem por objetivo mobilizar médicos e instituições em todo o país para informar a sociedade sobre estes riscos ao coração e ressaltar que a melhor maneira de se evitar é a prevenção. “Já que o tempo para o socorro é mínimo, a principal forma de combater a morte súbita é a pessoa adotar atitudes e hábitos preventivos fundamentais, como não fumar, se exercitar, ter alimentação saudável, controlar a hipertensão e diabetes e fazer avaliação cardiológica periodicamente”, afirma o médico cardiologista Adalberto Menezes Lorga Filho, diretor científico do Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de São José do Rio Preto, e conselheiro da Sobrac.
Ao contrário do que o nome sugere, a morte súbita cardíaca (MSC) não é um episódio imediato, instantâneo. É assim chamada quando acontece de forma natural e inesperada, causada por problema no coração, e em período de até 1 hora desde o início dos sintomas, quando há uma testemunha, ou nas últimas 24 horas, quando ninguém presencia, conforme conceitua a Organização Mundial da Saúde (OMS). O “infarto fulminante”, portanto, não é uma morte súbita, mas sim uma de suas causas, destaca Dr. Adalberto Lorga Filho. “Muitas pessoas que tiveram o diagnóstico de ‘infarto fulminante’, na verdade, tiveram morte súbita, não necessariamente decorrente de infarto”, explica o cardiologista do IMC. O Instituto de Moléstias Cardiovasculares é um dos principais centros de referência no Estado de São Paulo para o diagnóstico e tratamento de pacientes que sofram de arritmia cardíaca, a principal causa da morte súbita. Outras doenças cardíacas, vasculares e neurológicas também estão entre as causas, porém, em menor percentual. Se uma pessoa sente os sintomas, cada segundo representa vida O tempo para o socorro à vítima de morte súbita é muito curto. Como exemplo, o cardiologista do IMC apresenta abaixo o registro do eletrocardiograma de uma pessoa que portava um holter ao sentir os sintomas. O holter é um dispositivo portátil, que monitora continuamente a atividade elétrica cardíaca de pacientes por 24 horas ou mais. “Neste caso, passaram-se apenas 6 minutos entre o início de arritmia fatal, chamada de fibrilação ventricular, e a morte. Este exemplo mostra o quanto o atendimento imediato é fundamental para salvar vidas”, afirma Dr. Adalberto Lorga Filho. Grupos de risco
Além de adotar hábitos de vida mais saudáveis, as pessoas devem estar atentas a sintomas que podem indicar ter arritmia cardíaca. São eles:
• cansaço ou fraqueza;
• falta de ar;
• palpitações no coração;
• dor no peito;
• tontura ou sensação de desmaio
• e desmaio.
Segundo o cardiologista do IMC de Rio Preto, a pessoa deve se preocupar com a possibilidade de vir a sofrer arritmia cardíaca e, consequentemente, com chance de ser vítima de morte súbita se tiver:
• história de infarto prévio;
• história de insuficiência cardíaca;
• ocorrência de desmaios (pricipalmente se durante atividade física);
• ocorrência de crises de taquicardia;
• familiares de primeiro grau com morte súbita antes dos 35 anos e
• familiares de primeiro grau com diagnóstico de cardiopatias genéticas graves como cardiomiopatia hipertrófica, displasia arritmogênica de ventrículo direito, síndrome do QT longo, síndrome de Brugada e taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica.
Tratamento das arritmias cardíacas
Quando o médico especialista detecta o risco aumentado de ocorrência de arritmias malignas em seu paciente que podem levar à morte súbita, o implante de um cardioversor-desfibrilador implantável, conhecido como CDI, pode ser necessário.
Semelhante a um marcapasso que previne a “parada” dos batimentos do coração, o CDI, além da função de marcapasso, tem a capacidade de detectar a ocorrência de arritmias malignas que aceleram o coração e frequências incompatíveis com seu funcionamento adequado, que podem causar a morte e, em poucos segundos, aciona um choque que interrompe a arritmia, evitando a morte do paciente. Acessando link abaixo, você tem acesso ao folder da Sobrac para o socorro da parada cardíaca https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fcmosdrake.com.br%2Fblog%2Fdescubra-como-usar-o-dea-corretamente-e-salvar-vidas%2F&psig=AOvVaw19d6tUixZJjK0Z91aCXKZ9&ust=1635348394762000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCPiyrtOx6PMCFQAAAAAdAAAAABAH No link abaixo, o vídeo da SOBRAC com simulação de parada cardíaca em aeroporto https://youtu.be/rDRdhDySac4 *com informações do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de Rio Preto.