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05/08/2021 às 14h18min - Atualizada em 05/08/2021 às 14h18min

8 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Pandemia estimula hábitos que aumentam chances de colesterol alto, alerta cardiologista do Instituto de Moléstias Cardiovasculares - IMC

Redação
Acima, foto da médica cardiologista Brunna Priscylla Américo Carvalho, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC
Em níveis elevados, o colesterol é um dos grandes responsáveis pelas doenças cardiovasculares, principais causas de mortalidade no Brasil. Mais de 380 mil brasileiros morrem por ano vítimas de problemas no coração, veias e artérias e cerca de 14 milhões têm alguma doença no coração, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Este quadro preocupante pode estar sendo agravado com a pandemia, de acordo com a médica cardiologista Brunna Priscylla Américo Carvalho, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, um dos centros de referência no Estado de São Paulo. “A pandemia impôs o isolamento, criando ou intensificando hábitos nocivos ao coração e ao sistema cardiovascular. As pessoas passaram a comer de forma pior, em quantidade maior e fazendo menos atividade física ou mesmo a interrompendo”, alerta a cardiologista. 

Segundo Dra. Brunna, o isolamento fez com que pessoas ficassem mais ansiosas, com menos opções de lazer, então elas acabam fazendo da comida o momento prazeroso. Isso gera uma maior ingestão calórica. Para aliviar o estresse, consumem mais álcool. Paralelo a isso, estão praticam menos atividade física. São as condições perfeitas para o aumento do colesterol.

Segundo a cardiologista do IMC, é muito importante que, com o avanço da vacinação, as pessoas façam atividades física em casa ou em áreas abertas, evitando aglomerações e o contato com outras pessoas, e procurem ter uma alimentação saudável, evitando frituras e consumindo mais frutas, verduras, fibras, carboidratos bons e carnes na medida certa e incorporando peixes ricos em ômega 3 à dieta.

Pessoas com problemas cardiovasculares integram os grupos de risco da covid-19, pois estão mais propensas às complicações em caso de infecção pelo novo coronavírus. Levantamento do Colégio Americano de Cardiologia feito entre pacientes hospitalizados em decorrência do coronavírus, constatou que 40% possuíam doença cardiovascular. E, entre os que morreram, 33% tinham acometimento cardíaco associado e 7%, acometimento cardíaco isolado. 

4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto

Segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada 10 brasileiros têm colesterol alto.  Daí a importância deste 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. 

“São, em média, mil mortes por dia. As pessoas precisam estar cada vez mais conscientes de que há maneiras de controlar o colesterol elevado no sangue, uma das principais causas de do infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, ressalta a cardiologista do IMC. Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que 67% das pessoas desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. 

Para as pessoas que associam o colesterol alto somente à obesidade, Dra. Brunna faz outro alerta. “Um dos mitos é de que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. A ciência médica já comprovou ser inverdade. Pessoas magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue e estar no grupo de risco de infarto e AVC”, afirma a médica. 

É importante também, segundo ela, que as pessoas saibam que o colesterol elevado, na maioria dos casos, não dá sinais nem qualquer tipo de sintomas. Por isso, é essencial fazer os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar hábitos que incluem a alimentação saudável e adequada e a prática de atividades físicas regularmente. 

Outro engano das pessoas é achar que o colesterol só causa danos à saúde. Produzido pelo organismo, ele é uma gordura necessária, que tem a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Existem, contudo, dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea. O LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete. “Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado. Os demais 30% vêm da dieta, por isso, é tão importante manter uma alimentação equilibrada”, explica Dra. Brunna.

Fundamental também a consulta periódica ao cardiologista, que faz o diagnóstico para possibilidade de o paciente ter problema cardiovascular avaliando, além dos valores de colesterol e frações, a genética, a história familiar e todos os fatores de risco associados.

 *com informações do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC
 

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