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07/06/2021 às 11h56min - Atualizada em 07/06/2021 às 11h56min

Bolsonaro recusou vacina da Pfizer pela metade do preço

Vice-presidente da CPI ontabilizou 53 emails ignorados da farmacêutica

Yahoo Notícias
No Brasil, as primeiras doses chegaram apenas em abril, oito meses depois do primeiro contato
O governo de Jair Bolsonaro recusou vacinas da Pfizer no ano passado por metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Os imunizantes, considerados em agosto de 2020 "caros" pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, teriam sido entregues em dezembro do ano passado a 10 dólares a doses. Estavam previstas inicialmente 70 milhões delas. As informações são da Folha de S.Paulo.

O Ministério da Saúde, agora comandado por Marcelo Queiroga, prevê R$ 30 bilhões para a vacinação no país. Essa valor equivale a 10% do auxílio emergencial em 2020 e também é menos do que os R$ 44 bi previsto para este ano como compensação pelo fechamento da economia.

O Brasil fechou novo contrato com a Pfizer que prevê 100 milhões de doses até dezembro.

EUA e Reino Unido, que já imunizaram 40% da população, pagaram 20 dólares pelas doses da Pfizer. Para a União Europeia, esse preço ficou em US$ 18,60.

No Brasil, as primeiras doses chegaram apenas em abril, oito meses depois do contato inicial.

Emails sem retorno
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 emails ignorados da farmacêutica pelo governo federal a partir da agosto sobre as 70 milhões de doses.

Na CPI, Pazuello classificou a proposta da Pfizer como "agressiva" e disse achar "caro o preço de 10 dólares a dose - meses depois, a gestão Pazuello fechou o negócio com a empresa com esse mesmo valor.

Antes da Pfizer, o Brasil se vacinava com a Coronavac, do Instituto Butantan, e AstraZeneca-Oxford, distribuída pela Fiocruz. Até o momento, 11% da população brasileira recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19.

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