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14/04/2021 às 11h39min - Atualizada em 14/04/2021 às 11h39min

Uso de Hormônios na reprodução assistida

Assessoria de Imprensa, Camilla Fiorini
Foto: Divulgação
A infertilidade já deixou de ser obstáculo para os casais que querem filhos devido à evolução da medicina reprodutiva. Os métodos de reprodução assistida, como coito programado, inseminação intra-uterina e fertilização in vitro (FIV) são cada vez mais parte do conhecimento do brasileiro. Os dados da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA) apontam o Brasil como líder do ranking latino-americano dos países com mais procedimentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões, em 2019, seguido pela Argentina e México. 

O levantamento revela que em 25 anos (1990 a 2016), mais de 83 mil bebês brasileiros nasceram decorrente de algum tratamento, contra 31.903 bebês mexicanos. Contudo, é importante o acompanhamento de um especialista durante esses processos, já que o uso de hormônios inerentes às técnicas de fertilização tem diversos efeitos colaterais.

O primeiro passo para quem deseja recorrer à técnica de reprodução assistida é procurar um especialista experiente para investigar a causa da infertilidade com exames e orientação sobre o método de tratamento mais adequado para cada caso. Contudo, o tratamento requer uma relação médico-paciente de confiança mútua, pois o diálogo é fator primordial para o tratamento ser bem-sucedido. Somente uma conversa franca possibilita a tomada de decisão. Antes de iniciar qualquer tratamento, é preciso esclarecer fatores como a realização do processo, custos, riscos de complicações e chances de sucesso, bem como a possibilidade de outros tratamentos.

Dos tratamentos de reprodução assistida, as técnicas de coito programado e a inseminação intra-uterina são consideradas as mais simples e a forma da utilização dos hormônios também são similares, pois utiliza-se uma dosagem menor. Os hormônios são utilizados para induzir a ovulação em ambos procedimentos, aproveitando o ultrassom como ferramenta, identifica-se o melhor momento para o casal manter relação sexual ou, no caso da inseminação, injetar o sêmen do parceiro no útero.

A fertilização in vitro também requer a administração de hormônios para induzir a ovulação. Após a indução, ocorre a captação de óvulos, também chamada de aspiração folicular. O procedimento em si dura, em média, 20 minutos, sendo realizada por meio de uma agulha guiada por ultrassom transvaginal. Após a extração, os gametas são selecionados e fecundados pelos espermatozoides do parceiro para formarem embriões. Eles são colocados em uma estufa, reproduzindo as condições ambientais da tuba uterina, até se formarem os blastocistos e, posteriormente, implantados no útero.

É importante esclarecer o uso dos hormônios nos tratamentos, principalmente pelo fato de, na FIV as dosagens utilizadas serem mais altas, causando efeitos colaterais, como alterações do humor, inchaço nos ovários, dor abdominal e nos seios, insônia, enjoos, vômitos, visão embaçada, dores de cabeça, cansaço, irritabilidade, depressão, ganho de peso e, em casos mais raros, cistos no ovário, secura vaginal e síndrome de hiperestimulação ovariana.

Não é possível afirmar se a paciente apresentará ou não sintomas, pois cada organismo é único e reage de uma forma, sendo necessário citar as possíveis reações, após o início da fertilização. Contudo, há mulheres que  passam por todo o processo sem nenhum efeito colateral.


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