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13/04/2018 às 15h03min - Atualizada em 13/04/2018 às 15h03min

Campanha combate o preconceito e incentiva a adoção de gatos pretos

A ideia é conscientizar a população para que os gatos pretos deixem de ser preteridos no momento da adoção.

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Yasmin é voluntária de uma ONG que mantém 80 gatos (Foto: Diomício Gomes/O Popular)
Uma campanha contra os maus-tratos a e a favor da adoção de gatos pretos, abandonados e preteridos devido ao preconceito, tem sido realizada por protetores de animais. Dentre eles, a empresária Anna Cristina Ribeiro, que é tutora de três gatos pretos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela ONG britânica Cats Protection, gatos pretos demoram 13% a mais de tempo para serem adotados em relação aos gatos de outras cores. E o preconceito não se limita apenas à cor e se estende também à espécie. Isso porque há pessoas que não querem tutelar gatos porque acreditam na falsa ideia de que eles são traiçoeiros e não gostam dos tutores, mas apenas da casa.

As acusações feitas contra os gatos são desmentidas pelas pessoas que os tutelam, que garantem que eles são animais incríveis e amorosos e que são independentes, e não são traiçoeiros ou apegados só à casa. A cat sitter – espécie de cuidadora de gatos – Monik Oprea é uma das pessoas que os defendem. Há três anos, ela tutela Gatuna, uma gata preta resgatada quando era filhote, desnutrida e ferida. “Foi amor à primeira vista. A gata virou minha companheira de viagem. Meus pais a amam e a chamam de neta. Virou a criança da casa”, diz.

Monik também trabalha voluntariamente retirando animais das ruas e confirma que há preconceito com os gatos pretos. “Quando acolhemos uma ninhada com gatos de várias cores, vemos que normalmente os que ficam para trás são os pretinhos. Demoram muito mais para serem adotados”, lamenta.

Os gatos que vivem com Anna também foram todos resgatados do abandono. Pretinha, adotada pela empresária há seis anos, é uma delas. “Dei lar temporário enquanto a pessoa viajava e ela nunca mais procurou a gata, me bloqueou e sumiu”, diz. A superstição falaciosa de que gato preto dá azar é criticada por Anna. “Azar mesmo é não cruzar com um deles na rua”, afirma.

Iniciativas para combater o preconceito contra os gatos partem de todos os lados. O dia 27 de outubro passou a ser dedicado aos gatos pretos e uma hashtag – a #blackcatday, “dia do gato preto”, em tradução livre – foi criada para que os tutores expressem o amor que sentem. As informações são do portal O Popular.

A ONG goiana Viva Gato realiza ações para conscientizar a população a respeitar os animais independentemente da cor que eles possuam. A voluntária Yasmin Cabedo conta que  o projeto, que é mantido por doações, mantém atualmente 80 gatos, todos vítimas do abandono e dos maus-tratos.

“Quando recolhidos, esses gatos são castrados e cuidados por um veterinário, depois são colocados em uma nova família e em segurança. Nosso trabalho também é o de orientar esses novos tutores”, conta Yasmin, que confirma existir uma dificuldade maior quando se trata da adoção de gatos pretos.

Sexta-feira 13
Apesar da necessidade de incentivar as pessoas a adotar gatos pretos, para que diminua o número desses animais abandonados e em abrigos, é necessário pausar as doações em períodos marcados pela existência da sexta-feira 13.

A próxima sexta-feira (13), é um dia em que rituais religiosos com animais pretos, tanto cães quanto gatos, são realizados. Além dos pretos, os brancos também correm risco. Por essa razão, é indicado esperar ao menos a chegada do sábado (14) para doar animais dessas cores.

 
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