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29/10/2020 às 11h12min - Atualizada em 29/10/2020 às 11h12min

Pandemia mostra impacto no mercado automotivo

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
O ano de 2020 foi marcado por vários eventos que impactaram a sociedade. Mas, sem sombra de dúvidas, a pandemia do Covid-19 foi o que mais afetou o mercado automotivo.

Nesse artigo vamos conhecer os fatores que impactaram a indústria de carros e analisar as possíveis previsões para o futuro do segmento, desde as montadoras até lojas que vendem acessórios como bateria automotiva, mecânicos e mais.

Quer saber como foi o impacto no mercado automotivo? Então siga a leitura abaixo!
 

O impacto do novo coronavírus nos Estados Unidos

Uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG mostrou um impacto significativo na relação entre pessoas e automóveis.

Nessa pesquisa, a KPMG avaliou o padrão de circulação das pessoas, o aumento das empresas trabalhando em home office e também as mudanças no consumo dos americanos.

Foi observado que as pessoas não enxergavam mais os carros como uma ferramenta tão necessária como antes, uma vez que a maioria dos trabalhos estavam sendo realizados em casa. Isso fez com que o deslocamento diário reduzisse, e consequentemente, menos pessoas sentiram a necessidade de comprar novos carros.

E a longo prazo estima-se que a com concentração de carros por domicílio nos Estados Unidos caia para 1,87 até 2025, sendo que hoje ela é de 1,97. Ou seja, é possível prever uma redução de 7 a 14 milhões de carros na rua.

Outro ponto aponta a mudança nos hábitos de consumo do americano. Como fomos obrigados a ficar em casa, houve um crescimento significativo no mercado de eletrônicos, tanto para trabalho quanto para lazer. O carro deixou de ser o sonho de consumo de muitos, que voltaram suas atenções para televisores de luxo ou computadores gamers.

Porém há uma luz no fim do túnel para o mercado automobilístico. Embora as empresas já tenham dado indicação de que pretendem continuar, ao menos em partes, com o regime de home office após a pandemia, a KGMP prevê uma consolidação do mercado de carros com o de eletrônicos, focando em veículos autônomos e transporte de carga.
 

E como fica o Brasil?

Os impactos do Covid-19 já foram sentidos aqui também. A venda de veículos leves e pesados no primeiro semestre de 2020 teve uma redução de 38,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.  A quantidade de veículos vendidos no primeiro semestre foi a mais baixa dos últimos 28 anos.

Segundo o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotore), Alarico Assumpção Júnior, a baixa venda se deu por conta do fechamento das concessionárias, principalmente em São Paulo, que representava 26% do mercado de carros no Brasil.

Essa queda nas vendas levou as empresas do setor a tomarem medidas drásticas, como demissão em massa ou corte de benefícios. Só em maio a Nissan teve que demitir 398 funcionários de sua montadora em Resende (RJ).

Outro fator que impactou bastante o comércio de veículos foi o aumento do desemprego e a insegurança financeira. Os brasileiros não tinham certeza se teriam dinheiro para manter um carro nos meses seguintes.
 

O impacto do auxílio do governo

Alarico Assumpção Júnior disse ainda que ele, junto a dirigentes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), tem se reunido com representantes do BNDES, Ministério da Economia e do setor financeiro público e privado para discutir sobre a implementação de uma linha de crédito especial, uma vez que o setor automobilístico precisa de capital de giro para sobreviver durante a pandemia.

Além disso, eles também esperam postergação de impostos federais e parcelamento dos débitos quando o setor retomar as atividades.
 

Flexibilização e retomada das atividades

Felizmente já conseguimos observar uma queda significativa no número de novos casos e mortes por Covid-19, o que permite flexibilizar a retomada dos negócios.

Montadoras como a Renault e a BMW já iniciaram a produção, mesmo que de forma parcial em alguns casos.

Já é possível observar uma grande circulação de veículos nas ruas e os comércios já estão abrindo normalmente, contato que dotem as medidas sanitárias necessárias para o funcionamento.

Vai demorar um pouco mas a economia vai se estabilizar e com isso, é esperada a normalização na produção e venda de veículos automotivos.

Atualmente, no Brasil, a procura de carros segue alta e já apresentou números positivos, com quase um milhão de veículos vendidos somente em agosto. E a tendência é aumentar.

Um  levantamento da Instacarro informa que dois terços dos lojistas  entrevistados já retomaram o patamar médio de unidades comercializadas antes da pandemia.

Ainda conforme esse levantamento, pouco mais de 14% dos entrevistados estão pessimistas em relação ao futuro do mercado. E esse número é inferior ao levantamento feito em junho, que indicava que 29,41% temiam pelo futuro do setor.

Gostou desse artigo? Comente abaixo como a pandemia afetou a sua relação com carros, seja você usuário, motorista ou alguém que trabalha diretamente com o setor automobilístico. Comente também quais são suas expectativas para o futuro.
 
 


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