AtaNews Publicidade 728x90
09/10/2020 às 11h34min - Atualizada em 09/10/2020 às 11h34min

Prevenção da obesidade: a saúde pesa mais

A busca pelo peso ideal é importante para a saúde, mas os excessos podem levar a distúrbios metabólicos e psicológicos

Unimed
Você já sabe a importância de manter o peso adequado e prevenir a obesidade para manter a saúde em dia. Afinal, a obesidade está associada a diversos tipos de doenças cardiovasculares, osteomusculares, respiratórias, diabetes e até alguns tipos de cânceres.

Mas outro problema também causa danos sérios e precisa ser tratado em paralelo: a estigmatização e o preconceito contra o corpo gordo.

Há quatro anos, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) trabalha com as campanhas “Saúde não se pesa” e “Obesidade, eu trato com respeito”.

Neste artigo, vamos entender que, apesar de a balança ser um indicador importante, não é o único quando se fala em saúde.

O que é obesidade?



A obesidade é considerada uma doença crônica definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo.

O diagnóstico de obesidade é feito pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC): peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Resultados acima de 30 já indicam obesidade e maior predisposição a outras doenças.

Classificação do IMC:

Menor que 18,5 - Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal
Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)
Igual ou acima de 30 - Obesidade

Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.00625
IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10


O resultado de 27,10 do IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso)

Apesar de ser um método prático e rápido, o IMC nem sempre é o mais preciso. Isso porque desconsidera a distribuição de gordura no corpo e as proporções corporais.

Uma forma de controlar essa limitação é também analisar, além do IMC, a circunferência abdominal. Nesse caso, medida igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres são sinais de alerta, principalmente para doenças do coração.

Saúde para além dos números



Combater a obesidade não é uma corrida contra a balança e a fita métrica a todo custo.

Na maioria das vezes, dietas milagrosas levam ao efeito sanfona – emagrecer e engordar com frequência. Isso porque o corpo passa pelo menos 12 meses tentando recuperar os quilos perdidos – reduzindo o gasto metabólico e aumentando a sensação de fome.

Segundo estudos citados pela ABESO, para cada quilo perdido, o gasto metabólico cai em média 30 calorias e a fome aumenta em 100 calorias.

Emagrecer também não é apenas questão de “força de vontade” ou “vencer a preguiça e a gula”. Abordagens desse tipo reforçam o estigma e fazem a perda de peso parecer mais fácil do que realmente é.

No longo prazo, esse tipo de crença pode abalar a autoestima, desencadear quadros de ansiedade e ainda prejudicar o próprio sistema metabólico.

A obesidade é uma doença crônica com componentes genéticos, hormonais, psicológicos e ambientais, não é consequência exclusiva de maus hábitos ou questão estética. Por isso, é recomendado que o tratamento seja feito com acompanhamento médico.

O profissional analisará cada caso individualmente, considerando os fatores envolvidos para definir se é o caso de tratamento com remédios ou mesmo cirúrgico.

Um passo de cada vez



Qualquer que seja o caminho indicado pelo médico, a adoção de um estilo de vida saudável é o primeiro passo. E a caminhada é contínua.

Mais importante que, quando necessário, perder muito peso em pouco tempo é reduzir gradualmente, mantendo essa perda.

Segundo a ABESO, pequenas perdas de peso (e manutenção desse novo peso) já trazem melhorias significativas para a saúde:

Perda de 5% do peso:

Melhor taxa de colesterol HDL (o colesterol bom)
Melhor qualidade de vida
Menos gordura no fígado (esteatose hepática)


Perda de 5 a 10% do peso:

Melhora na função urinária
Menos dores nos ossos e articulações
Menos problemas de mobilidade com aumento da idade
Possível redução do risco de depressão


Perda de mais de 10%:

Menos chance de desenvolver doença no fígado não ligada ao consumo de álcool (esteato-hepatite não alcoólica)
Menos problemas no coração e sistema circulatório


Amar o próprio corpo



Os números da balança e da fita métrica são importantes como indicadores para acompanhamento médico, mas não são um fim em si mesmos.

Reduzir a gordura abdominal, adotando a prática de exercícios aeróbicos e alimentação equilibrada ajudam a viver mais e melhor, mas esse processo é lento e gradual.

É preciso amar o corpo, independentemente do tamanho dele, para cuidar. O que você fez pela sua saúde hoje?
 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »