Foto: Divulgação Em reunião ministerial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a liberação dos jogos de azar no Brasil, com o argumento de que a medida irá incrementar o turismo no país e aquecer a economia, que atualmente enfrenta uma crescente e prolongada crise.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio afirmou que a ideia inicial é contar com “resorts integrados”, para atrelar os jogos a presença de turistas estrangeiros, interessados em aliar a diversão as belezas naturais.
Guedes defendeu o seu argumento utilizando a
cidade-estado de Singapura, na Malásia, como exemplo, que saiu de cinco milhões para trinta milhões de turistas estrangeiros por ano, se apoiando principalmente nos jogos de azar, enquanto o Brasil, que opta por proibir os jogos, recebe apenas seis milhões.
Uma das empresas que já demonstrou interesse em explorar o mercado de jogo no em território nacional, é a Rivalo, onde pretende oferecer os serviços de cassino e casa de aposta. Atualmente, a
plataforma Rivalo atua no Brasil apenas com jogos na internet, que são devidamente liberados e legalizados, inclusive contam com recolhimento do Imposto de Renda de acordo com os lucros dos jogadores.
É importante salientar, que a liberação do jogo encontra resistências na bancada evangélica do Congresso, já que existem os mesmos dogmas religiosos que proibiram os jogos em 1946, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, que formou um grande período de crise econômica e desemprego na época.
Ainda assim, existem lideres políticos, que apesar de seguirem os dogmas religiosos, também veem com bons olhos a liberação dos jogos, como o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, bispo-licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e sobrinho de Edir Macedo, fundador da IURD.
Contrapondo a sua religiosidade e os jogos de azar, Crivella firmou que:
"Sou contra o vício, mas contra a miséria e o desemprego" afirmou o prefeito, e também relevou a aproximação de empresas interessadas em explorar o setor na cidade maravilhosa
"Já estiveram aqui investidores, donos do cassino de Singapura e do maior cassino de Las Vegas interessadíssimos em colocar uma grande estrutura no Porto Maravilha, o que seria uma grande ajuda pra economia e pra esse mundo do turismo", comentou em entrevista recente.
A reunião também contou com a presença da ministra e pastora evangélica Damares Alves, que mostrou anuência diante a questão, ela afirmou que a iniciativa pode prosperar, mas se deve garantir que os cassinos não sejam usados por empresas interessadas em lavar dinheiro no Brasil.
Visto a crescente crise econômica, que ganhou ainda mais força após as ações de isolamento social para frear o avanço da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Não existem muitas ações que possam aquecer novamente a economia, já que liberar dinheiro a população através de acesso a contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e demais fundos paralisados, não surtiu efeito.
Por isso, a liberação e regulamentação dos jogos de azar em ambientes controlados, como em resorts, ganha cada vez mais força, assim como o interesse de grandes investimentos estrangeiros em território nacional, o surgimento de novos postos de emprego e interesse turístico. Agora, basta aguardar o desdobramento deste entrave político.
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