Foto: Divulgação Falar em “indústrias modernas”, ou na chamada “quarta fase da revolução industrial”, já não é mais uma novidade. Esse estágio mais recente da industrialização, que começou a se desenrolar nos anos 2000 na Alemanha, baseia-se em uma
alta eficiência tecnológica.
E, embora possamos imaginar, a partir de um conceito abstrato, quais seriam essas tecnologias utilizadas, especialistas no assunto apontam que há três pilares para o desenvolvimento dessas novas indústrias: utilização de computadores, digitalização de informações e desenvolvimento de estratégias de inovação.
E se a modernização parece mais distante da realidade industrial brasileira, que ainda não conseguiu expandir a sua indústria 4.0, na Europa e nos Estados Unidos, este é um processo sem volta. Não por acaso, são em países europeus e nos estados norte-americanos que se situam as fábricas mais modernas do mundo.
Os pilares de uma indústria moderna
Conforme já citado, segundo especialistas, são três os principais pilares que ajudam na implementação e consolidação da indústria 4.0: o uso extensivo de computadores, a digitalização de informações e o investimento em inovação.
E são essas as principais características das mais modernas empresas do mundo.
Robotização do chão de fábrica
A robotização do chão de fábrica nada mais é do que uma expansão do uso de computadores nas indústrias, sobretudo em seus processos de produção e não apenas nos de gerência, como era habitual.
Na Alemanha, por exemplo, a utilização de robôs em fábricas automotivas é intensiva. E países como China e Coreia do Sul investem cada vez mais na implementação de robótica. Só para se ter uma ideia, na China, a cada 10 mil trabalhadores nas fábricas, 97 são robôs. Mesmo quadro se observa na Coreia do Sul.
Informação digital
Outro pilar de sustentação da indústria 4.0 é a utilização de informação digital, que podemos traduzir, basicamente, como uma maior utilização de softwares nas áreas de gestão, nas etapas de produção, ou seja, nos períodos de pré e pós-produção.
Com a maior utilização de softwares, que converge com a expansão da robótica, há maior integração dos processos e, além disso, maior agilidade para os diferentes setores de uma indústria. Outro benefício é uma diminuição considerável do tempo de desenvolvimento de um produto, já que todos os processos de sua feitura, desde a escolha da matéria-prima até o escoamento, são integrados.
Desenvolvimento de inovação
Inovar é estar um passo à frente do que os outros estão, é criar soluções fáceis e rápidas para problemas críticos do dia a dia. As indústrias mais modernas do mundo sabem o valor da inovação e, para complementar os processos de robotização e avanço das informações digitalizadas, investem também nessa área.
A inovação deve estar associada à área em que a empresa atua, bem como às situações mais problemáticas de seu cotidiano. Ter uma área especializada em inovação permite que a indústria não fique refém nem dos próprios conflitos e problemas, tampouco dos cenários externos.
Empresas mais modernas do mundo
Ser uma empresa moderna ou se inserir no cenário da indústria 4.0 ainda não é uma realidade no mundo todo. Países da Europa, China, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos lideram esse processo.
Na Europa
Nos países europeus, a quarta fase da revolução industrial já é uma realidade. Na Alemanha, onde o processo começou, empresas como a BMW já investem em uma completa robotização, além de um uso extensivo de softwares que auxiliam toda a cadeia produtiva.
Na Itália, a Bayer, do setor farmacêutico, tem investido em análise de dados, o que lhe permitiu reduzir os custos com processos operacionais e também de manutenção.
Na China
Na China, um dos grandes polos da indústria 4.0 fora da Europa, a robotização do chão de fábrica já é uma realidade. Recentemente, inclusive, a China anunciou que uma de suas fábricas, totalmente robotizada, vai iniciar a produção de robôs.
A utilização da tecnologia 3D e da Internet das Coisas (IoT) também é uma realidade na economia chinesa. A Siemens, por exemplo, tem utilizado, em seus processos produtivos, essas inovações, reduzindo o tempo de produção.
No Brasil, uma das mais modernas é a Embraer
No Brasil, por exemplo, são poucas as empresas que investem com mais ênfase nas tecnologias.
Poderíamos citar, no entanto, a Embraer que tem utilizado tecnologia 3D e informação digital para a produção de seus aviões. Isso permite que a empresa aplique testes prévios, corrigindo os possíveis erros dos aviões antes mesmo que eles decolem.