Bolsonaro critica governadores nordestinos que recusaram colégio militar

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta segunda-feira (03) os governadores do Nordeste que recusaram a criação de colégios cívicos-militares em seus estados. A declaração veio durante o lançamento de uma pedra fundamental no local onde será construído o futuro Colégio Militar em São Paulo.

“Não existe momento mais gratificante do que este, do que lançarmos uma pedra fundamental para a feitura de uma escola comprovadamente de qualidade. Seria ironia, mas é uma grande verdade, conversando com o ministro Weintraub há pouco sobre as notas do Brasil na prova do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes].

O Brasil chegou a uma situação na Educação que não pode ser ultrapassada por mais ninguém, porque já estamos no último lugar. E essa prova do Pisa foi realizada em 2018, antes do nosso governo.

Apesar do tempo relativamente curto, com toda certeza, melhoraremos sim muitas posições para a próxima que será realizada em 2021. E deixo bem claro também, se deixarmos nessa prova do Pisa apenas alunos de Colégios Militares, de escolas militarizadas, por exemplo, de Goiás do governador Caiado, o Brasil estaria entre os dez do mundo”, afirmou Bolsonaro.

O presidente aproveitou a oportunidade para criticar os governadores nordestinos: “Por isso, oito dos nove governadores do Nordeste não aceitaram a escola cívico-militar.

Para eles, a escola vai muito bem, formando militantes e desinformando lamentavelmente. Aqui no Sudeste tivemos dois governadores que não aceitaram, a questão político-partidária não pode estar à frente da necessidade de um país. Um jovem bem formado será útil para si, para sua família e para seu país no futuro, é isso que nós queremos”.

Apesar da fala do presidente, o Brasil não foi o último colocado no ranking do Pisa. O resultado demonstrou aumento da nota média, ainda que os estudantes brasileiros sigam entre os últimos 10 colocados na prova de matemática, ficando na 57ª posição. O Brasil ficou em 57º lugar entre 77 participantes na prova de leitura. Em ciências, o país ficou na 53ª posição.