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05/09/2019 às 09h02min - Atualizada em 05/09/2019 às 09h02min

Casos de sarampo aumentam 18% e chegam a 2.753

A vacinação é a principal forma de prevenção da doença.

Huff Post
Foto: Divulgação
Nos últimos 90 dias, o Brasil registrou 2.753 casos confirmados de sarampo em 13 estados brasileiros. O número representa um aumento de 18% em relação ao divulgado no fim de agosto. Entre os dias 9 de junho e 31 de agosto foram notificados 20.292 casos,  sendo 15.430 em investigação e 2.109 descartados. Houve ainda quatro casos de mortes, três em São Paulo e uma em Pernambuco.

Ao comentar os dados do Ministério da Saúde, o secretário de vigilância em saúde da pasta, Wanderson Oliveira, ressaltou que toda comunidade internacional está preocupada com o avanço da doença. O Brasil havia conquistado em 2016 o certificado de erradicação da doença, concedido pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS).

O Brasil não tinha casos autóctones ( aqueles adquiridos dentro do próprio País) desde o ano 2000, com apenas dois surtos pontuais em 2013 e 2015, em Ceará e Pernambuco, respectivamente. O estado de São Paulo, por exemplo, não registrava nenhuma morte desde 1977. Em 2019, os casos da doença triplicaram no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).

De acordo com os pesquisadores do vírus, a doença ressurgiu em 2018 na região norte do País, provavelmente trazido por imigrantes venezuelanos. O problema, contudo, era que o Brasil estava abaixo do patamar ideal da vacinação, que é de uma cobertura de 95% da população.

O principal método para se proteger é a vacina. “É fundamental proteger, neste momento, crianças menores de um ano. Elas precisam que os adultos as levem aos postos de saúde”, afirma o secretário.

Quem precisa se vacinar contra o sarampo

A vacinação é a principal forma de prevenção da doença. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, também previne a rubéola e a caxumba. Já a tetra viral imuniza contra sarampo, rubéola, caxumba e catapora.

Até o ano 2000, só era obrigatória uma dose única em crianças. A partir daquele ano, o Ministério da Saúde estabeleceu uma segunda dose da vacina contra as doenças.

A primeira dose — da tríplice — deve ser dada até 1 ano de idade. A segunda — da tetra viral — deve ser aplicada três meses após a primeira.

Crianças de 5 a 9 anos que não se vacinaram antes devem receber duas doses da tríplice viral.

As pessoas de 10 a 29 anos que não tomaram a vacina quando eram crianças ou não têm certeza se estão imunizadas compõem o grupo de risco. Elas precisam receber as duas doses da tríplice viral, com um intervalo de 30 dias entre elas.

Já para a faixa etária de 30 a 49 anos, só é necessária a dose única da tríplice.

Pessoas acima de 50 anos podem se vacinar na rede privada ou em ações de bloqueio (em empresas, por exemplo). Profissionais de saúde nessa faixa etária têm que tomar a injeção.

Porém, a vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas com imunidade comprometida e crianças menores de 6 meses.

A eficácia dessa vacina é de 97%, de acordo com informações do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

Quem já tomou as duas doses da vacina não precisa se vacinar novamente.
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