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29/07/2019 às 15h50min - Atualizada em 29/07/2019 às 15h50min

Rebelião em presídio deixa 52 detentos mortos em Altamira

Vida e Estilo
Foto: Reprodução
Uma rebelião deixou 52 detentos mortos, na manhã desta segunda-feira (29), no Centro de Recuperação Regional, em Altamira (PA). Dos 52 mortos, 16 deles foram decapitados, segundo a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do estado).

Durante a revolta, dois agentes prisionais chegaram a ser mantidos reféns, mas foram liberados no fim da manhã. Participaram da negociação policiais civis, militares e promotores de Justiça.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará informou que a rebelião teve início por volta das 7h, no momento de entrega do café da manhã. O órgão acredita que o motivo tenha sido uma briga entre facções, já que não houve nenhuma reclamação por melhorias.

Passada a rebelião, os policias realizaram uma vistoria no presídio para realizar a recontagem dos presos, recolher possíveis objetos que possam ser usados como armas e avaliar os danos provocados no prédio e celas.

2º MASSACRE DO ANO

Esta é a segunda grande chacina do ano dentro de presídios do país e mais um episódio da crise que atinge o sistema carcerário do Brasil nos últimos três anos, com sequência de motins com alto número de assassinatos.

O próprio Centro de Recuperação de Altamira, onde morreram os detentos desta segunda, já havia sido palco de uma rebelião em setembro do ano passado, em que sete pessoas foram mortas.

Também no ano passado, em abril, 22 pessoas morreram em uma rebelião seguida de tentativa de fuga no Centro Penitenciário de Recuperação do Pará, no Complexo de Santa Izabel, região metropolitana de Belém. Entre os mortos, havia um agente prisional, 16 presos e cinco criminosos que ajudavam na fuga pelo lado de fora da prisão.

O episódio mais grave até agora neste ano aconteceu em maio, quando 55 presos foram assassinados em presídios de Manaus, reflexo de uma disputa interna pelo comando da facção Família do Norte (FDN). Em geral, o pano de fundo desses massacres são disputas entre facções pelo controle do crime.

Parte dessas mortes aconteceu no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), onde, no Ano Novo de 2017, 59 detentos já haviam sido assassinados -outras oito pessoas foram mortas nos presídios do estado nos dias seguintes, o que somou 67 assassinatos em uma semana.

A crise de janeiro de 2017 deixou um rastro de mortes também em Roraima e no Rio Grande do Norte. Na madrugada de 6 de janeiro, 33 presos foram assassinados na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista. Um motim na maior penitenciária do RN, Alcaçuz, deixou mais 26 mortos.
 
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