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24/06/2019 às 14h43min - Atualizada em 24/06/2019 às 14h43min

Obesidade infantil: Como reduzir o risco de que meu filho fique obeso?

Estilo de vida dos pais pode influenciar no excesso de peso dos filhos, aponta médico

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
Se não houver uma mudança de hábitos, em menos de uma década a obesidade pode atingir 11,3 milhões de crianças no Brasil, de acordo com o alerta divulgado pela Federação Mundial de Obesidade. Para chamar a atenção da população quanto à necessidade de se combater a obesidade e o sobrepeso que afeta milhares de crianças pelo mundo, foi celebrado na última segunda-feira (3), o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil.
 
A obesidade infantil transpassa o problema estético e afeta a saúde dos pequenos. De acordo com o médico generalista Lucas Penchel, o excesso de peso pode provocar o surgimento de uma série de doenças. “Colesterol alto, diabetes, hipertensão e problemas osteoarticulares são alguns dos distúrbios que podem surgir já na infância devido ao sobrepeso”, aponta. Ele, que é diretor da Clínica Penchel, ressalta que o estilo de vida tem influência profunda no problema. “A obesidade pode se manifestar devido a diversos fatores. Contudo, a má alimentação e o sedentarismo estão se mostrando cada vez mais presentes em nosso cotidiano e estão se tornando uns dos maiores causadores da patologia”, conta.
 
O médico chama a atenção para a influência do estilo de vida dos pais na obesidade das crianças. “Os pequenos se espelham nos pais. Se eles se alimentam de maneira inadequada e não praticam nenhum tipo de atividade física, os filhos tendem a seguir os mesmos passos. Por isso é fundamental começar a mudança de hábitos pelos progenitores”, afirma Penchel. Além de causar problemas de saúde, a obesidade infantil pode atrapalhar no convívio social das crianças e influir na geração e desenvolvimento de sérias disfunções psicológicas. Segundo os números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), de 2012, alunos acima do peso são mais propensas a serem vítimas de bullying na escola.
 
Para a nutricionista materno infantil da Clínica Penchel, Tarciana Teixeira, em um primeiro momento, o principal desafio é fazer com que os pais aceitem mudar suas rotinas. Após isso, já é possível começar a reeducação alimentar das crianças e a inserção de atividades em seu cotidiano. “Aconselho a retirada ou diminuição do consumo de Fast-Food, guloseimas e alimentos industrializados. Indico a introdução de alimentos in natura e frutas. Já para a adesão ao exercício físico, recomendo que a criança seja matriculada em aulas e esportes que sejam aptas a praticar e tenham maior interesse. Somente assim, a atividade será prazerosa e proporcionará os benefícios necessários”, conta Tarciana. 
 
Para atrair o interesse das crianças pelas opções saudáveis, alimentos coloridos e em formatos de desenhos ou bichos podem ser boas opções. Além dessas estratégias, a adição de uma iguaria diferente por semana, a fim de ampliar o cardápio dos pequenos, também funciona muito.
 
Tarciana salienta que para proceder com uma criança já acima do peso, o tratamento deve ser rigoroso, com o intuito de reverter ou evitar problemas de saúde. Já para prevenir o sobrepeso, os pais devem investir na introdução gradativa da reeducação alimentar na vida de seus filhos, fazendo com que a criança entenda a importância do que está sendo feito.

 
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