Veja quem são os políticos citados por sócio da Gol

O sócio da companhia aérea Gol, o empresário Henrique Constantino, fez um acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF), em que citou grandes nomes da política nacional como recebedores de repasses.

Entre os citados estão o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA).

Na delação, Constantino relatou o pagamento de propina a operadores do MDB para a obtenção de recursos na Caixa Econômica Federal e do fundo de investimentos do FGTS.

O empresário também disse sobre um “benefício financeiro” a parlamentares e ex-parlamentares por meio da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

Neste caso, ele menciona os políticos Rodrigo Maia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-ministro Bruno Araújo (PSDB-PE), o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) e os ex-deputados Marco Maia (PT-RS), Vicente Cândido (PT-SP), Edinho Silva (PT-SP) e Otávio Leite (PSDB-RJ). Os valores dos benefícios financeiros permanecem sob sigilo.

Constantino foi denunciado à Justiça Federal de Brasília em outubro de 2018, sob a acusação de ter pago propina de R$ 7 milhões para ter conseguido o financiamento para a Via Rondon Concessionária de R$ 300 milhões, e de mais R$ 50 milhões para a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A.
No acordo que o empresário realizou com o MPF, ele se comprometeu a pagar R$ 70,8 milhões à Caixa e ao FI-FGTS como reparação pelos danos causados. O valor é equivalente a 10 vezes o dano confessado, segundo o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília , que homologou o acordo.

Rodrigo Maia declarou em Nova York que não conhece nem nunca esteve com o delator:

“[Constantino] Nunca me pagou nada, isso é mentira dele, não tem como provar e vai ser mais um inquérito arquivado na Justiça brasileira”, disse o presidente da Câmara.

“Está mentindo. Nunca tive relação com ele, nunca tive nenhum benefício deles [donos da Gol]”, afirmou, acrescentando que vai colaborar com os investigadores “com toda a tranquilidade”.