12/04/2019 às 12h30min - Atualizada em 12/04/2019 às 12h30min
“Meta é sair de 126º para menos de 50º lugar no ranking de fazer negócios”, diz Guedes
Ministro também falou de privatizações, reforma, corte de gastos e venda de imóveis do governo.
MBL NEWS
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que controlar os gastos é a prioridade do governo, por meio da reforma da Previdência, privatizações, venda de imóveis e cortes de cargos.
“Nós temos a dinâmica de uma sociedade aberta, uma democracia vibrante. A redemocratização não conseguiu privatizar, descentralizar e focar capital humano. Tivemos duas hiperinflações, administramos mal a transição. Quando o Executivo tentou comprar o Legislativo, acordamos o Judiciário”, disse.
O ministro reiterou a meta do governo de melhorar o ambiente de negócios no país. “Não é razoável que a oitava economia do mundo seja a 126ª em facilidade de fazer negócios. A nossa meta é sair de 126º para menos de 50º lugar no ranking de fazer negócios no mundo até o fim do governo.”
“O programa é muito simples, eu adoraria o que Thatcher e Reagan fizeram. Nós estamos abrindo a economia, uma economia liderada pelo mercado. Vamos reduzir o peso do crédito público na economia”.
O ministro ainda disse que, hoje, a Previdência está “engolindo a economia inteira”. E que sem sua reforma “podemos nos tornar uma nova Grécia, podemos nos tornar Portugal”. Estes dois países passaram recentemente por graves crises econômicas.
Segundo ele será acelerado o processo de privatizações e venda de imóveis. “Nós temos mais de R$ 1 trilhão em empresas estatais e mais de R$ 1 trilhão em 700 mil imóveis”, afirmou Guedes.
Acerca dos servidores públicos, ele disse que irá realizar o enxugamento da classe do funcionalismo, “40% a 50% vão se aposentar nos próximos anos, e não vamos substituí-los.” De acordo com o ministro, haverá uma simplificação e digitalização do setor.
“Vamos simplificar e digitalizar, sem substituir servidores aposentados. Com controles digitais, o que era complicado será mais simples.”