Foto: F L Piton Ribeirão Preto confirmou 219 casos de dengue no mês de fevereiro de 2019. O número é 491,8% maior que o registrado no mesmo mês de 2018, quando ocorreram 37 registros da doença.
Quando a comparação é sobre os meses de janeiro de fevereiro de 2018, quando foram confirmados 82 casos da doença, o primeiro bimestre de 2019 registrou 388 pessoas com dengue em Ribeirão Preto, um aumento de 373%.
Os dados constam no Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta- feira, 6 de março, pelo Departemento de Vigilância em Saúde e Planejamento, órgão da Secretaria Municipal da Saúde.
O secretário Sandro Scarpelini afirmou que, embora o número de casos tenha aumentado com relação ao mesmo período do ano passado, o índice é menor que de outras cidades da região. No entanto, são necessárias ações efetivas e a conscientização da população para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti e o avanço da doença.
“Isso se deve graças ao serviço desenvolvido pelas nossas equipes, contudo, com o fluxo migratório diário que temos na cidade há chance de aumentar o número de casos nos próximos dias. Portanto, mais uma vez estamos aqui para reforçar que, além das nossas atividades, precisamos muito da participação da população limpando sua própria casa” esclarece o Scarpelini.
No dia 15 de março, data considerada o Dia “D” de Combate ao Aedes aegypti, a Prefeitura promoverá um arrastão de limpeza na zona Oeste com foco em eliminar criadouros do mosquito.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da pasta, Luzia Marcia Romanholi Passos, ressalta que as ações de mobilização promovidas pela Prefeitura, aliadas à conscientização da população, são os únicos caminhos para evitar as doenças que o mosquito transmite.
“Pedimos às pessoas que ajudem nessa mobilização e já se preparem, que deixem separado somente o que é considerado um possível criadouro do mosquito para que possamos recolher com agilidade. A conscientização das pessoas é muito importante, além da coleta do material, orientamos a população sobre os riscos em deixar água parada nessa época de chuva, o que contribui para o aumento de proliferação do mosquito”, orienta.
Apoio do Governo do Estado de São Paulo No dia 12 de fevereiro, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira e o secretário Municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, receberam o apoio do Governo do Estado no combate ao mosquito.
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, acompanhado do secretário Chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, Coronel PM Walter Nyakas Júnior, estiveram em Ribeirão Preto para anunciar as medidas em conjunto com a Prefeitura.
Duarte Nogueira disse que o encontro teve o caráter de adesão à campanha e o anúncio de uma série de medidas, as que já foram adotadas e intensificadas em Ribeirão Preto e outras que serão incorporadas às ações, juntamente com o Governo do Estado de São Paulo, no combate ao mosquito Aedes aegypti em toda a cidade.
“Iremos colocar a coordenadoria da Defesa Civil Municipal, a Guarda Civil Municipal com as equipes da Secretaria Municipal da Saúde e da Sucen, que envolvem algo em torno de 150 pessoas, trabalhando no combate ao mosquito Aedes aegypti que transmite tantas doenças” anunciou o prefeito.
Duarte Nogueira fez ainda questão de enfatizar que 80% dos criadouros potenciais do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas e a conscientização da população é de extrema importância para vencer a batalha contra a dengue e outras doenças que o mosquito transmite.
“Esse é um papel importante e de cidadania que cada uma das pessoas deve exercer, olhar os vasinhos, verificar se tem água parada, olhar com uma lanterna se tem larva, secar, eliminar focos e não permitir que o mosquito se prolifere, para que nós possamos manter a cidade sem epidemia e saúde pública em boas condições para a população”, disse o chefe do Executivo.
Outras ações Além de intensificar as ações de combate ao mosquito, a Prefeitura de Ribeirão Preto deu início a uma campanha na televisão, rádio, jornal e outras mídias para mobilizar a população no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Chikungunya, zika vírus, microcefalia e febre amarela e gripe H1N1 Já para a chikungunya, o mês de fevereiro não registrou nenhum caso de doença. Em janeiro de 2018 também não houve nenhum caso confirmado.
Em fevereiro de 2019, foram notificados e investigados nove casos de zika vírus e quatro em fevereiro de 2018, mas nenhum confirmado.
Casos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo zika vírus também não foram registrados em fevereiro de 2019 ou em outros meses do ano passado.
De acordo com o Boletim Epidemiológico, não houve registro de febre amarela em janeiro deste ano. Desde 2016 não há registro de casos da doença em Ribeirão Preto.
Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus Influenza H1N1), não foi confirmado nenhum caso da doença em fevereiro deste ano.