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25/01/2019 às 11h33min - Atualizada em 25/01/2019 às 11h33min

Zuckerberg diz que não vende dados e defende anúncios no Facebook

TecMundo
Foto: Divulgação
Se você nos acompanha por aqui sabe que 2018 foi o pior ano para o Facebook, que teve pela frente o escândalo com o Cambridge Analytica e ataques hacker com vazamento de dados, entre outros desafios — que minaram a confiança dos usuários e até mesmo causou uma certa debandada da rede social. Agora, prestes a completar 15 anos de sua criação, Mark Zuckerberg resolveu falar um pouco sobre a temporada que chacoalhou a companhia.

No texto chamado de “Os Fatos Sobre o Facebook”, Zuckerberg basicamente tenta explicar que o modelo de negócios que usa nossas informações para trazer anúncios customizados é o que permite à empresa oferecer seu negócio gratuitamente. “Se estamos comprometidos em servir a todos, então precisamos de um serviço que seja acessível a todos. A melhor maneira de fazer isso é oferecer serviços gratuitamente, o que os anúncios nos permite fazer.

Ele garantiu que não vende informações obtidas por ali e admite que seu modelo de negócios pode gerar dúvidas, especialmente quando falamos sobre a maneira responsável e ética que o Facebook trata o conteúdo de seus consumidores. “Esse modelo pode parecer opaco e desconfiamos de sistemas que não entedemos.”

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“Às vezes, isso significa que as pessoas assumem coisas que não fazemos. Por exemplo, nós não vendemos dados de pessoas, mesmo que isso seja frequentemente relatado. Na verdade, vender as informações das pessoas para os anunciantes seria contrário aos nossos interesses comerciais, pois reduziria o valor exclusivo do nosso serviço para os anunciantes. Temos um forte incentivo para proteger as dados dos usuários de serem acessados por qualquer outra pessoa.”

Desconfiança anda em alta entre os usuários
Zuckerberg tem motivos para falar abertamente a um grande jornal, especialmente com as palavras que preparou após enfrentar senadores e diversos órgãos no ano passado. As perguntas pelas quais teve que responder no ano passado têm um assunto recorrente em comum: responsabilidade com privacidade de dados. E, a um mês dos 15 anos do Facebook, sua intenção seria justamente “virar a página” para reconquistar a confiança abalada.

Mas… isso pode ser um pouco difícil. Como bem lembra o Engadget, recente pesquisa do Pew Research Center com quase mil adultos nos Estados Unidos apontou que 74% dos usuários não têm ideia do que se tratam as configurações sobre preferências de anúncios e 51% se sentem desconfortáveis com a maneira como a plataforma lida com suas informações.

O Financial Times disse no ano passado que o Facebook vinha aumentado a boa reputação entre seus seguidores em 2017, mas episódios como o Cambridge Analytica derrubaram a credibilidade de 80% para 27%. Bem, a adolescência da rede social promete ter momentos de turbulência.
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