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26/09/2018 às 08h58min - Atualizada em 26/09/2018 às 08h58min

Alimentação saudável pode reduzir em até 80% os riscos de problemas cardíacos

Controlar as batidas do coração é uma missão difícil para boa parte da população. Especialistas apontam a alimentação como a principal aliada para evitar doenças cardiovasculares

Dr. João Paulo Cimini Leal
Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
O próximo sábado, dia 29, será marcado pelo Dia Mundial do Coração. A data tem como objetivo principal divulgar os perigos das doenças do coração e a importância da prevenção. Para a Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 16,6 milhões de pessoas morrem de doenças cardiovasculares, como o infarto, insuficiência cardíaca, hipertensão e Acidente Vascular Encefálico (AVE). Sendo que no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a pesquisa aponta para 300 mil mortes causadas por problemas cardiovasculares, o que corresponde a uma morte a cada dois minutos. Para o médico nutrólogo Lucas Penchel, a alimentação é o ponto chave para reduzir esse número alarmante.
 
De acordo com Lucas, uma alimentação saudável aliada à prática de atividade física regular e a eliminação de hábitos ruins, como alcoolismo e tabagismo, pode ser capaz de reduzir em até 80% as chances de uma pessoa desenvolver problemas cardíacos. “Há vários fatores que desencadeiam os problemas cardíacos, sendo eles fatores genéticos ou ambientais (tabagismo, sobrepeso, consumo excessivo de álcool e sódio). No entanto, já é comprovado que a adoção de hábitos saudáveis está associada a diminuição desse índice”, afirma.
 
O profissional explica que para ser amiga do coração, a alimentação diária deve ser baseada em escolhas saudáveis, como uma dieta rica em verduras, legumes, carnes magras, fibras e frutas. “A dieta mediterrânea, que é baseada no consumo de alimentos frescos e in natura, é uma excelente opção para quem deseja mudar os hábitos alimentares e/ou precisa tratar problemas cardiovasculares, pois se baseia em evitar produtos industrializados e substituir por alimentos naturais”, aponta Lucas.
 
Além dessas opções, há alguns alimentos específicos que podem ser inseridos no cotidiano e agirem como cardioprotetores. “Os fitoesteróis, encontrados em castanhas, alimentos integrais, frutas e vegetais, são compostos que ajudam no controle do nível do colesterol. Além deles, é indicado que as pessoas façam uso da suplementação de trans-resveratrol, que pode ser usado de forma transdérmica, oral ou sublingual, pois, sua atuação antioxidante combate os radicais livres que danificam as células e apresenta ação anti-inflamatória. Já as propriedades presentes no azeite extravirgem também combatem os radicais livres e auxiliam no controle do colesterol. O salmão, rico em ômega 3, reduz os riscos de doenças cardiovasculares por conta da sua ação anti-inflamatória e do controle dos níveis de triglicerídeos no sangue. E o ovo, temido por muitos devido a sua má fama, se consumido cozido, traz inúmeros benefícios ao coração por sua abundância de proteínas e gorduras do bem”, aponta Penchel.
 
O cardiologista da clínica Penchel, João Paulo Cimini Leal, alerta que, apesar da significativa importância na prevenção de doenças cardiovasculares, a alimentação sozinha não é capaz de afastar estes problemas. “Para usufruir dos benefícios, é necessária uma completa mudança de hábitos, como a prática de, pelo menos, 150 minutos de atividade física por semana, ou seja, cinco dias por 30 minutos; a exclusão de costumes, como o uso de cigarro e a diminuição do consumo de álcool; o controle do peso; e o acompanhamento regular com o cardiologista. Comumente associado a idades mais avançadas, os cuidados com o coração devem ser seguidos ao longo de toda a vida”, conta.
 
João Paulo afirma que é fundamental procurar um profissional que realize um bom rastreio de doenças cardiovasculares, pois, não é somente avaliando superficialmente que será descoberto o problema. “Hoje em dia, já existem diversos exames para analisar o paciente e detectar alguma doença cardiovascular logo no início. Um deles é o índice homa beta, que verifica as dosagens de insulina em jejum e sua relação com a glicose. Pois, já se sabe do alto fator de inflamação que a diabetes possui”, aconselha.
 
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