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28/08/2018 às 14h24min - Atualizada em 28/08/2018 às 14h24min

Cães podem se tornar a melhor companhia para prática de atividade física

A necessidade dos cães de se exercitarem somada ao gosto pelos exercícios físicos dos tutores pode fazer dos cachorros ótimos companheiros na hora de uma caminhada, corrida ou trilha

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Robson Ventura/Folhapress
Cachorros podem se tornar a melhor companhia para a prática de atividades físicas quando adotados por tutores que gostam de se exercitar. Isso porque a necessidade dos cães de se exercitarem somada ao gosto pelos exercícios físicos dos tutores pode fazer dos cachorros ótimos companheiros na hora de uma caminhada, por exemplo.

A pedagoga Adriana Meira, de 34 anos, que sempre gostou de fazer trilhas, leva consigo o buldogue francês Gael. “Algumas pousadas têm opções de trilhas para fazer com o cachorro, aí passei a levá-lo. Ele gosta e fica solto. É bem obediente”, conta Adriana, que diz que o cão, apesar de ser de uma raça que costuma ter dificuldade para respirar, acompanha bem a caminhada e já participou de trilhas de até 10 km ao lado da tutora. “Ele tem disposição, gosta de ficar na natureza. É bom para ele se exercitar”, completa.

A prática de exercício físico para animais é estimulada pela Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, que considera a atividade importante, conforme explica o vice-presidente Josélio de Andrade Moura. “O animal que faz exercícios constantemente tem mais saúde e longevidade do que um sedentário”, diz.

No entanto, cada cachorro é diferente do outro e tem necessidades específicas. “As atividades devem ser regulares e não intensas”, explica Fabrício Lorenzini, professor de medicina veterinária da Universidade Anhembi Morumbi. As informações são do F5, da Folha de S. Paulo.

Loenzini lembra que forçar o cão a se exercitar além do limite dele pode causar consequências graves. “Há risco de lesões ortopédicas, ligamentares e de problemas cardiopulmonares”, afirma. “Se o cão parar, a pessoa deve parar também”, aconselha o veterinário, que lembra que forçar o cachorro pode não só deixá-lo exausto como expô-lo ao risco de ter um colapso. O profissional recomenda ainda que seja feita uma “avaliação clínica periódica da saúde do animal”.

Adriana treina Gael, durante os passeios diários, para que ele pegue o ritmo para as trilhas. “Ele não para muito e não faz bagunça. É sempre o líder nas trilhas, anda uns dez metros na frente e, então, olha para trás para ver se estamos acompanhando seu ritmo”, conta.

Para o personal trainer Marcio Lui, a presença dos animais durante atividades físicas “pode ser um estímulo” para o tutor.

A fox paulistinha Laika, de 11 anos, também acompanha a tutora nos exercícios. “Sempre quis ter cachorro para passear. É gostoso sair com ela, que é muito ativa. Dentro de casa, a Laika fica estressada”, diz a confeiteira Júlia Kitzberer, de 25 anos, que se exercita com a cadela até mesmo usando uma bicicleta. “No começo, fiquei com medo de atropelá-la. Vi que se eu fosse muito devagar ela ficaria na frente da bicicleta, então, precisaria de uma velocidade razoável para que ela andasse junto. Fiz isso, mas sem forçar muito, afinal, ela já é uma senhora. Muita gente que nos viu no parque achou bonitinho. Quem sabe isso influencia mais pessoas a fazerem o mesmo?”, conclui.

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