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28/08/2018 às 08h19min - Atualizada em 28/08/2018 às 08h19min

Unesp colabora com Defensoria Pública em mutirão da paternidade

Grupo de Genética Forense fará coleta e análise das amostras, e emissão do laudo do DNA

Assessoria de Imprensa, Unesp
Relatório do Conselho Nacional de Justiça, com base nos dados do Censo Escolar 2011, aponta que 5,5 milhões de crianças não possuem o registro do pai na certidão de nascimento. ( Foto: Divulgação)
O Grupo de Genética Forense da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara colaborará com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo em um mutirão para reconhecimento de paternidade. Coordenado pela professora Regina Barreto Cicarelli, o grupo é responsável pela coleta das amostras, análise e posterior realização do laudo do DNA.

Nesta primeira fase do processo, a Defensoria recebeu, entre 14 e 24 de agosto, a inscrição dos interessados e agendou a coleta das amostras para o próximo sábado, 1º de setembro. No total, 200 grupos de famílias da capital e do interior foram atendidos e 81 casos foram encaminhados para a coleta. A expectativa é que sejam realizadas dez coletas por hora pela equipe da Unesp. O atendimento da Defensoria Pública de SP é prestado, em regra, a pessoas que tenham renda familiar de até três salários mínimos.

Em 2015, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o relatório Pai Presente e Certidões. O documento, que teve como base os dados do Censo Escolar 2011, revelou que 5,5 milhões de crianças não possuem o registro do pai na certidão de nascimento. Já um levantamento feito pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo aponta que aproximadamente 8% dos estudantes matriculados no ensino fundamental estão registrados somente com o nome da mãe.

O convênio entre Unesp e Defensoria Pública foi firmado em 2015 e desde então já foram realizadas mais de 1.765 perícias para determinação de vínculo nas regiões dos municípios de São Paulo, São Carlos, Araraquara e Ribeirão Preto. “Esta parceria é um trabalho importante em que transferimos uma tecnologia de última geração para a sociedade”, aponta a professora Regina Barreto Cicarelli, de Araraquara.

A docente destaca ainda a importância da iniciativa para o desenvolvimento cientifico. “Existe uma necessidade de publicações sobre a freqüência com que os alelos aparecem na população brasileira. Em razão da miscigenação da nossa população, precisamos sempre divulgar as mutações que encontramos porque esta é uma casuística importante na avaliação dos resultados dos testes de DNA”, explica a docente, que elogiou o trabalho realizado em parceria com a Defensoria Pública.

"A Defensoria Pública de São Paulo trabalha muito bem e é extremamente rigorosa nos acordos. Eu sempre comento que é um convênio que não dá trabalho. Pelo contrário: produz conhecimento tanto para eles quanto para a Universidade", afirma.

 
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