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25/01/2018 às 11h38min - Atualizada em 25/01/2018 às 11h38min

Bactérias podem causar parto prematuro, descobre estudo

Yah Notícias
Foto: Reprodução

Uma equipe do Imperial College London realizou um estudo, no qual coletaram amostras de 250 mulheres grávidas, e de 87 mulheres que sofreram Amniorexe prematura ou ruptura prematura de membrana pré-termo.
 

Os cientistas chegaram à conclusão de que mudanças sutis nas bactérias vaginais podem levar ao parto prematuro antes da 37ª semana de gravidez.

Das 250 participantes grávidas, 27 deram à luz antes do previsto.

O Dr. David MacIntyre, cientista chefe do Imperial College London, explicou a importância das suas descobertas.

“Este é um dos primeiros estudos a mostrar que cerca de metade das mulheres grávidas pode ter uma microbiota vaginal desequilibrada antes da ruptura prematura, fornecendo mais evidências sobre o papel das bactérias em alguns casos de parto prematuro”, afirmou ele.

“Crucialmente, nossas descobertas identificam dois grupos diferentes de mulheres com ruptura prematura: um grupo cujo tratamento com determinados antibióticos pode ser benéfico e o outro em que este mesmo tratamento pode, na verdade, ser prejudicial”.

Pesquisas anteriores demonstram a diminuição da diversidade de bactérias encontradas na vagina durante a gravidez, tendo sido observado um aumento das espécies Lactobacillus.

No entanto, quando os níveis de Lactobacillus diminuem e os níveis de outros tipos de bactérias aumentam, isso pode fazer com que a gestante entre em trabalho de parto antes do esperado.

Os Lactobacillus geralmente são encontrados no sistema digestivo, no sistema urinário e no sistema genital do corpo humano.

Tais mudanças nas bactérias vaginais também podem representar um risco para a saúde das mães e seus bebês, com o perigo dos recém-nascidos apresentarem um quadro de septicemia.

O estudo, conduzido pelo Imperial College London e publicado no periódico BMC Medicine, pode oferecer aos médicos as ferramentas necessárias para dar às mulheres grávidas o tratamento antibiótico específico para suas necessidades.

“Nossos resultados sugerem que uma abordagem mais personalizada, visando apenas as mulheres passíveis de se beneficiarem dos antibióticos, deverá trazer mais benefícios do que a abordagem atual, com um só tratamento para todas”, diz o Dr. Richard Brown, coautor do estudo.

A professora Siobhan Quenby, do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, enfatizou ainda mais este ponto, afirmando que: “São necessárias mais pesquisas para determinar o vínculo entre as bactérias vaginais e os partos prematuros. Caso haja confirmação, deverão ser feitas alterações no tratamento recomendado para ruptura prematura de membranas pré-termo, que atualmente é igual para todas as mulheres.”

“Existe agora a excelente possibilidade de um futuro onde as mulheres passem por exames e recebam o melhor antibiótico para elas, individualmente”.


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