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10/07/2024 às 08h58min - Atualizada em 10/07/2024 às 08h58min

Investigação aponta que empresário preso em operação contra lavagem de dinheiro recebeu R$ 190 mil de traficantes

Antônio Carlos Guimarães Filho foi preso na terça-feira (9), na casa dele em Ribeirão Preto (SP), suspeito de fazer parte de organização criminosa. Polícia Civil do Rio de Janeiro apura participação de pessoas físicas e jurídicas no tráfico internacional de drogas.

G1
Antônio Carlos Guimarães Filho, de 30 anos, é suspeito de fazer parte de organização criminosa que lavava dinheiro — Foto: Divulgação
Investigações da Polícia Civil apontam que o empresário Antônio Carlos Guimarães Filho, preso na terça-feira (9) suspeito de fazer parte de uma organização criminosa responsável pela lavagem de dinheiro de facções, recebeu R$ 190.100,00 entre julho e agosto de 2019.

Os depósitos em espécie eram feitos por traficantes de drogas no Rio de Janeiro e Guimarães repassava o valor para outras contas até o destinatário final, atuando como uma 'verdadeira operadora do mecanismo de dissimulação da origem dos valores'.

O g1 apurou que o suspeito mantinha pelo menos duas empresas no ramo de tecnologia da informação e atuava em ambas como 'dono e gestor'.

Em uma delas, foram realizados três depósitos no valor total de R$ 170.100,00 entre os dias 10 e 17 de julho de 2019.

10 de julho de 2019: R$ 70 mil
11 de julho de 2019: R$ 50,1 mil
17 de julho de 2019: R$ 50 mil

Um outro depósito no valor de R$ 50 mil foi realizado no mesmo período para a segunda empresa. O g1 tenta localizar a defesa de Guimarães.

O empresário foi preso na manhã de terça-feira, na casa dele, no Jardim Recreio, em Ribeirão Preto (SP).

Além dele, outras nove pessoas foram presas nesta terça-feira. As investigações da polícia se concentraram entre abril de 2017 e junho de 2021. O esquema movimentou R$ 126 milhões em dois anos.

Além das empresas que constam Guimarães como proprietário, outras três empresas nas cidades de Itaquaquecetuba (SP), Colombo (PR) e Manaus (AM) também receberam depósitos em espécie de traficantes.

Organização
Os policiais investigaram o caminho percorrido pelo dinheiro. As contas de empresas investigadas movimentaram R$ 126 milhões em dois anos. As investigações mostraram que o grupo conta com entrepostos em vários estados, para não levantar suspeitas, até chegar a Manaus.

Havia uma divisão de tarefas que incluía depósitos bancários em contas de pessoas jurídicas, localizadas principalmente nas regiões de fronteira do Estado do Amazonas. Essa ação tinha como objetivo ocultar a origem ilícita do dinheiro que era investido nesses negócios.

Esta é a segunda fase de uma operação que aconteceu no mês passado, quando policiais descobriram que criminosos do Rio de Janeiro compravam drogas de países que fazem fronteira com o Estado do Amazonas.

Os entorpecentes atravessavam o país via rodoviária e por barcos e, na capital fluminense, eram distribuídos entre as comunidades cariocas ligadas ao Comando Vermelho.

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