A estratégia da defesa é apontar contradições na investigação. Segundo Martins, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela sentença na 1ª instância, age como acusador.
"Se você olhar para as evidências avassaladoras de inocência que apresentamos nos arquivos, é impossível que um julgamento imparcial ou independente não absolva Lula ou pelo menos declare o processo inteiro nulo e sem mérito."
Ela afirma que "o próprio Moro declarou que nunca disse que havia dinheiro ilegal saindo da Petrobras e sendo trocado por vantagens indevidas dadas a Lula". "Portanto, o próprio Moro reconhece, na realidade, a inocência de Lula com relação à acusação."
A imprensa, na avaliação dela, atua como "parceira" do Judiciário na Operação Lava Jato. "Se Moro escreve algo que deve ser visto como erro – digamos assim, como um erro legal --, a mídia acoberta. A mídia conserta. É uma grande parceria", emenda.
Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal no caso do Tríplex por ter recebido R$ 3,7 milhões de propina da OAS. O petista nega que tenha recebido o imóvel. Na quarta-feira (24), três magistrados do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre vão analisar os recursos do ex-presidente.