03/07/2024 às 05h12min - Atualizada em 03/07/2024 às 05h12min
Bombeiros encontram cinco cães mortos e 32 em situação de maus-tratos em casa na cidade de Praia Grande (SP)
ANDA
Reprodução/Redes Sociais Cinco cachorros foram encontrados mortos em uma casa em Praia Grande (SP). Outros 32 animais estavam em situação de maus-tratos. O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local por uma moradora que relatou que os animais estavam em situação de abandono.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), os animais estavam dentro de uma casa na Vila Caiçara.
Além do Corpo de Bombeiros, uma Organização não Governamental (ONG), duas médicas veterinárias do setor municipal de Zoonoses, a Guarda Civil Municipal (GCM) e polícias Civil e Militar foram acionadas à ocorrência.
Os animais foram resgatados e os familiares da dona do imóvel, que não foi encontrada, compareceram à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde prestaram depoimento. O caso foi registrado como ‘praticar ato de abuso a animais’.
De acordo com a SSP-SP, a perícia foi solicitada e diligências estão em andamento para localizar a dona do imóvel.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que os cinco animais mortos não tinham sinais aparentes de agressão e foram encaminhados a uma clínica veterinária para necrópsia.
A Polícia Militar, por meio de nota, disse que entre os animais vivos e debilitados, dois foram diagnosticados com cinomose [doença infectocontagiosa que afeta cães causada por um vírus], sendo necessário eutanásia [sacrificar os animais].
No local, familiares da mulher informaram aos policiais que ela tem distúrbios psicológicos e tem o hábito de recolher animais em situação de rua, gastando todos recursos financeiros dela com os mesmos.
Crime inafiançável
O advogado Fabricio Posocco ressaltou que não apenas agredir um animal é caracterizado como maus-tratos, mas também abandonar; ferir; envenenar; manter preso em corrente ou em local pequeno; sem higiene; não abrigar do sol, chuva e frio; deixar sem ventilação; não dar comida e água diariamente; negar assistência veterinária e obrigar o trabalho excessivo superior às forças do animal.
“Tudo isso é considerado maus-tratos a animais, não é somente a questão de bater “.
O advogado explicou que para esse tipo de crime não se admite fiança. “Como não é mais possível que exista essa questão da fiança a ser arbitrada pelo delegado – devido ao aumento das penas criminais – então a pessoa será recolhida ao presídio e terá a audiência de custódia perante o juiz”.