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28/06/2024 às 09h30min - Atualizada em 29/06/2024 às 06h46min

Home Office e o Burnout: um inimigo silencioso?

Os desafios para equilibrar vida profissional e vida pessoal tem sido um grande dilema para muitas empresas, um cenário que exige práticas saudáveis de gestão

Stephanie Ferreira
Divulgação

*Por Leo Goldim 

 

O ano de 2020 traçou um novo marco na linha do tempo da história. O protagonista que dominou o mundo durante o tempo aproximado de 2 anos foi o COVID-19, com impactos em todos os quesitos de saúde, inclusive no bem-estar mental da população. O lockdown foi imposto nesse período como uma medida remediadora e, por limitar o contato presencial, muitas dinâmicas foram alteradas e adaptadas. 

 

No mundo dos negócios, pequenas, médias e grandes empresas aderiram ao modelo home office de trabalho, uma nova organização que se apresentou como uma tendência massiva. Se, por um lado, o home office é proveitoso por ser flexível e não exigir o deslocamento dos profissionais, por outro lado, mais sombrio e silencioso, impacta o psicológico e os bons hábitos dos trabalhadores.  

 

Para atender a essa demanda, empresas precisam dar importância à saúde mental de seus colaboradores e engajar seus funcionários em práticas saudáveis, que ajudem a encontrar o equilíbrio para manter a sanidade mesmo à distância. 

 

O burnout: a síndrome existe! 

O home office se tornou parte da vida de muitos profissionais brasileiros, começando por ser um modelo conveniente e flexível. No entanto, empresas ainda enfrentam dificuldades para gerenciar e estimular a saúde mental dos funcionários e os próprios trabalhadores enfrentam um labirinto de questões para gerenciarem essa nova realidade. 

 

Espalhando-se silenciosamente, o burnout está presente no território brasileiro e os números não nos deixam mentir: segundo um estudo do Isma (Internacional Stress Management Association), o Brasil se posiciona no segundo lugar entre os países com mais números de casos de burnout diagnosticados. Estamos atrás somente do Japão, um país conhecido por sua cultura rígida e de alta cobrança nos estudos e nas carreiras profissionais, onde 70% da população é afetada pelo burnout.  

 

A exaustão crítica no novo mundo do trabalho é parte de uma doença ocupacional e clama pela ação prática das empresas para que essa realidade seja transformada e os trabalhadores passem a exercer suas funções de forma saudável. Por isso, surge a dúvida: como se tornar uma empresa que cultiva a segurança e o bem-estar emocional para seus colaboradores? 

 

O burnout é invencível?  

Cada vez mais se fala sobre a importância da sinergia entre lideranças e equipes de recursos humanos para preservarem o bem-estar de seus colaboradores e a premissa é válida para não fazer a distância se acumular a ponto de barrar o desenvolvimento saudável dos nossos profissionais.  

 

Para empresários, o ponto de start se dá com a quebra do estigma nas empresas. É importante levar a saúde mental a sério e criar um ambiente de trabalho onde os funcionários estão à vontade para serem sinceros com suas perspectivas acerca de processos e demais operações. Um ambiente tóxico é um ambiente sem oxigenação para o desenvolvimento do trabalho, então reconhecer os fatores de estresse e abrir um espaço de diálogo nas empresas é primordial.  

 

A intensidade do trabalho é um outro elemento difícil de extrair da realidade, pois desafios permeiam o mundo corporativo com muita frequência. Por isso, empresários devem conter esses obstáculos que tendem a desestabilizar a equipe com planos de ação, olhando para o planejamento e a organização de projetos ou de processos. Tal estratégia tranquiliza o funcionário e o permite ter mais clareza em sua execução, garantindo um ganho mútuo: a atividade permanece segura e o nosso colaborador está igualmente confiante e preparado para possíveis inconsistências.  

 

Com esse novo mindset de como cuidar e combater fraquezas emocionais, o trabalho remoto pode ser proveitoso e produtivo para os profissionais e a inovação pode colaborar para esvair as dificuldades emocionais. Tudo depende de uma cultura organizacional estruturada, com projetos de reconhecimento, comunicação fluida, ambientes digitais livre de toxicidade e com organização de processos que são claros e flexíveis dentro das empresas. 

 

Não podemos deixar a responsabilidade pelo burnout à deriva, ainda mais testemunhando que este mal está presente no país e afetando a saúde mental de tantos profissionais. Considerar uma abordagem estratégica e prática para zelar pela segurança psicológica deve partir de todas as empresas e ser cultivada diariamente na vida dos trabalhadores por parte de nós, gestores. O burnout é sim um inimigo silencioso, e por isso clama pela atenção de cuidados e práticas que aumentem a tolerância e a estabilidade mental, emocional e física dos colaboradores.  

 

Leo Goldim é Fundador e Diretor Executivo da IT2S Group.    

    

Sobre a IT2S Group    

Fundado em 2008, tem como objetivo inovar o relacionamento entre as atividades de segurança e privacidade com a rotina diária de pessoas e organizações, tornando essas disciplinas acessíveis a empresas de todos os tamanhos.    


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STEPHANIE FERREIRA
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