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13/06/2024 às 16h00min - Atualizada em 14/06/2024 às 07h20min

O impacto do streaming na indústria musical e a transformação da música brasileira

A indústria musical está passando por uma revolução e o streaming é o protagonista dessa transformação. Com o advento de plataformas de streaming como Spotify, Apple Music e Deezer, a forma como ouvimos música mudou drasticamente.

CAROLINE BEZERRRA
New Music Brasil

Impulsionado pela revolução digital e pela ascensão do streaming, o mercado da música brasileira tem passado por mudanças. Esse exercício vem acompanhando as tendências globais da indústria musical. Em 2023, o crescimento mundial do setor foi de 15%, e a estimativa para 2024 é ainda mais otimista, com um aumento de 8% em relação ao ano passado. Com a popularização das plataformas online, a forma de fazer e consumir música tem mudado.

Artistas independentes e renomados têm encontrado mais espaço para alcançar o público, que se descentralizou. Streaming, redes sociais, plataformas digitais, rádios, TVs e eventos podem ser utilizados como meios de disposição de obras. “As plataformas online permitem que muitos artistas lancem seus materiais de forma mais fácil e barata, instantaneamente para o mundo todo. Hoje, a música pode chegar em qualquer lugar, mas é necessário criatividade e investimentos para obter destaque”, avalia Chico Teixeira, cantor e compositor.

Quando lançou o primeiro CD em 2022, o artista lembra que vender 100 mil cópias de um disco “rendia uma boa grana, ainda assim não achávamos justo”. Atualmente, na avaliação de Chico Teixeira, o pagamento por 100 mil streamings está longe do ideal e justo. “Embora o acesso esteja mais fácil, os artistas de ponta são beneficiados pela batalha dos artistas independentes. Vejo um mercado voraz e predatório”, expõe o cantor.

Para alavancar a presença junto ao público e obter retorno do investimento feito, é fundamental ser estratégico no mundo digital. “O mercado da música no Brasil sempre foi muito agitado e ligado nas tendências mundiais”, garante Teixeira. Para se destacar nesta indústria competitiva e nem sempre gentil, contar com a expertise de quem conhece o mercado é vantajoso para aumentar a visibilidade e o retorno.

Expertise Musical

A New Music Brasil é uma gravadora, distribuidora e editora especialista em música digital. Além de monetizar as obras, a empresa oferece suporte de marketing para potencializar a entrega para os grandes players do mercado.

A New Music Brasil trabalha com foco na diversidade musical, assessorando artistas independentes e renomados de diferentes gêneros, como sertanejo, funk, gospel, rap, entre outros. A gravadora, distribuidora e editora musical se destaca por estar antenada às novidades e adaptar-se rapidamente às necessidades do mercado, visando entregar performance para seus assessorados. Prova de sua expertise, a New Music Brasil, em sintonia com o mercado musical, teve um crescimento de 74% em 2023, em comparação ao ano anterior.

O avanço expressivo, segundo Caroline Bezerra, CMO da empresa, aconteceu por causa da abordagem inovadora e humanizada no mercado musical. “Oferecemos assessoria completa, com serviços de edição musical, distribuição digital, gravadora e marketing in-house. Com quase uma década de experiência nesta indústria competitiva, a New Music Brasil se destaca por sua transparência e eficiência, garantindo a gestão de carreiras artísticas e ativos musicais com excelência”, garante Caroline.

Pagamento de Royalties

Segundo o relatório anual de economia da música Loud & Clear, com o Spotify, artistas podem iniciar sua carreira com o auxílio da plataforma e crescer junto ao público.

Ainda segundo o estudo, de cada cinco artistas que geraram mais de US$ 10 mil em 2017, quatro arrecadaram pelo menos o mesmo valor em 2023. Se destaca que metade deles gerou mais de US$ 50 mil no ano passado.

Para Chico Teixeira, o pagamento de royalties é vital para que esse modelo se sustente por mais tempo. Assim como aconteceu com a arrecadação dos direitos autorais quando surgiu a televisão, o processo levou tempo para se adequar à mudança da época. “Eu acredito que está sendo assim, embora estejamos muito longe do ideal”, pontua Teixeira.

Atualmente, os streamings têm passado por alterações no que se refere ao pagamento aos artistas e compositores. As discussões em torno do tema têm sido mais constantes em diferentes níveis, entretanto, os valores pagos em 2023 bateram recorde, conforme o relatório anual de economia da música.

Foram pagos aos artistas e compositores mais de US$ 9 bilhões, número que é quase quatro vezes maior que há seis anos. Desse montante, US$ 4,5 bilhões foram destinados a artistas independentes, algo que nunca havia acontecido antes. Quase metade de todos os royalties foram para essa categoria de artistas.

Essa tendência não se limita apenas ao Spotify. A receita total, considerando outros serviços de streaming e gravações, sugere que os artistas podem estar ganhando até quatro vezes mais, sem contar as receitas adicionais provenientes de shows e vendas de produtos.

Democratização da indústria

Com a democratização da indústria musical, o impacto do streaming vai além do aumento de receitas. As plataformas online estão promovendo a diversidade, permitindo que artistas de diversos países e idiomas encontrem seu público, reduzindo as barreiras para músicos e ouvintes.

Em 2023, mais da metade dos 66 mil artistas que geraram pelo menos US$ 10 mil no Spotify vieram de países onde o inglês não é o idioma oficial. Novas tendências tendem a surgir na indústria musical nos próximos anos, oferecendo novas oportunidades para artistas e público, popularizando ainda mais as obras, artistas e idiomas diferentes do inglês.


 

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JORGETE CAROLINE FERREIRA BEZERRA
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