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12/06/2024 às 18h57min - Atualizada em 12/06/2024 às 18h57min

PF indicia ministro de Lula por suspeita de corrupção e organização criminosa

Acusações estão relacionadas ao desvio de recursos destinados a obras de pavimentação financiadas pela estatal federal Codevasf; relatório final da PF já foi encaminhado ao STF

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
A Polícia Federal concluiu uma investigação que envolve o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), acusando-o de integrar uma organização criminosa e de cometer corrupção passiva. As acusações estão relacionadas ao desvio de recursos destinados a obras de pavimentação financiadas pela estatal federal Codevasf.

O indiciamento de Juscelino inclui suspeitas de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O ministro ainda não se manifestou sobre as acusações. As irregularidades investigadas pela PF concentram-se em obras realizadas em Vitorino Freire (MA), cidade administrada por Luanna Rezende, irmã do ministro. Tais obras foram financiadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino Filho quando ele atuava como deputado federal.

Um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) aponta que uma das obras beneficiou propriedades da família do ministro. Isso embasou o relatório final da Polícia Federal, já encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), onde o caso está sob a relatoria do ministro Flávio Dino. Além das irregularidades em Vitorino Freire, a PF suspeita de três diferentes caminhos pelos quais os desvios teriam ocorrido. Um dos principais elementos da investigação é a empresa Construservice. Os agentes teriam verificado mensagens comprometedoras entre Juscelino e um sócio oculto da empresa conversando sobre a execução das obras e a destinação das emendas parlamentares.

Em março de 2023, Juscelino Filho já havia se envolvido em outra controvérsia, sendo acusado de utilizar dinheiro público para financiar viagens pessoais. Ele foi nomeado ministro das Comunicações em dezembro de 2022, com o objetivo de integrar o União Brasil à base de apoio do governo Lula e assegurar votos no Congresso para aprovação de projetos. O Ministério liderado por ele é responsável pelas políticas de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais, incluindo os Correios. Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou sobre as novas acusações contra o ministro.

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