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22/01/2018 às 16h11min - Atualizada em 22/01/2018 às 16h11min

Projeto Desenhando com os gênios da MPB homenageia Tim Maia

O coquetel de lançamento acontecerá quarta-feira, dia 24 de janeiro, às 19h30, no Riopreto Shopping

Assessoria de Imprensa
O "Sindico do Brasil" Tim Maia é o homenageado de janeiro do projeto "Desenhando com os gênios da MPB". A expressão surgiu em 1992, quando Jorge Ben Jor imortalizou o apelido de Tim no refrão da música W/Brasil.

Neste ano o artista já apresentava problemas de saúde, mas conquistou cinco Prêmios da Música Brasileira (antigo prêmio Sharp). Foram várias as músicas imortalizadas pela voz marcante de Tim, entre elas: Gostava Tanto de Você; Me dê Motivos; Azul da Cor do Mar; Dia de Domingo; Primavera; Do Leme ao Pontal; Não quero dinheiro: Só quero amar; O descobridor dos sete mares; Pede a Ela; Acenda o Farol; Sossego; Eu amo você; Que beleza; Você; A festa dos Santos Reis; e Leva.

Composta por 20 telas, a exposição acontece de 24 de janeiro a 04 de fevereiro, com telas do artista plástica Wild Wilde.

O projeto "Desenhando com os gênios da MPB" teve início em agosto, com a proposta dos artistas plásticos convidados a participar se inspirarem em músicas dos gênios homenageados. Em agosto foi a vez do músico Gilberto Gil, pelos artistas Eduardo Bittencourt e Marcelo Lopes; em outubro, Zé Ramalho, com os artistas plásticos Edna Stradioto e Rafael Cubone; e em dezembro, Rita Lee pelas artistas Germana Zanetti e Jane Ferrari.

Mistura riquíssima

Wilde é um artista autodidata, que transita por várias linguagens, entre elas o desenho, a pintura, a ilustração, a aerografia, a tatuagem, o graffitti, música, fotografia...

"Me senti honrado ao ser convidado para ilustrar músicas da obra desse mestre do Amor, Tim Maia", diz Wild. O processo criativo foi bem intenso, meses ouvindo e tentando entender cada verso, pesquisando a história por trás de cada música.

A produção das artes misturando cores e sons, ao som de "muito Smiths, U2, Candeia, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Jorge Ben Jorge, Metallica, Ironia Maiden, e degustação de cervejas artesanais, cachaça mineira e vinhos chilenos. Afinal não é uma tarefa fácil, compreender essa mistura riquíssima do nosso eterno Síndico", finaliza o artista.

Sobre Tim Maia

Tim nasceu Sebastião Rodrigues Maia, em 28 de setembro de 1942, no Rio de Janeiro. Aos sete anos de idade já compunha suas primeiras músicas. Com 14 anos formou seu primeiro conjunto musical: Os Tijucanos do Ritmo que, por incrível que pareça, fazia o circuito das paróquias cariocas.

Embora o conjunto não tenha durado muito, Tim recebeu apoio do pai e, em 1957 formou o Sputniks. O próximo grupo "The Ideals" Tim formou antes de completar 17 anos, quando viajou para os Estados Unidos. Foi quando gravou "New Love", se sua autoria.

Um pouco mais tarde, em 1968, produziu o disco "A Onda é o Boogaloo", de Eduardo Araújo. Foi pelas mãos de Tim que a sonoridade da soul music chegou à Jovem Guarda.

E finalmente chegou 1969, um ano decisivo para a carreira de Tim. Foi quando Roberto Carlos gravou uma canção de sua autoria "Não Vou Ficar"; e então Tim se consolidou ao gravar um compacto simples com "These Are the Songs" e "What Do You Want to Bet". E em 1970 veio a consolidação do sucesso. Seu LP que trazia faixas como "Azul da cor do mar" e Primavera, vendeu mais de 200 mil cópias e se manteve por seis meses em primeiro lugar no Rio de Janeiro.

Nos três anos seguintes lançou mais três LP's homônimos que foram grandes êxitos. Neles estavam canções como "Não Quero Dinheiro" e "Gostava Tanto de Você".

Foi também na década de 1970 que Tim conheceu Manuel Jacintho Coelho, líder da polêmica doutrina Cultura Racional. O cantor e compositor mergulhou de cabeça nas ideias do guru e mudou de forma drástica seu estilo de vida, que de desregrado e boêmio, passou a ser disciplinado e saudável. Com o passar do tempo Tim Maia se decepcionou com a Cultura Racional e abandonou a seita.

Aproveitando a explosão da disco music, em 1978  lançou "Tim Maia Disco Club", que trouxe a faixa "Sossego".

Nos anos 80 vieram outros grandes sucessos. Entre eles: "Do Leme ao Pontal", "Vale Tudo", "O descobridor dos Sete Mares", "Me dê Motivo", "Um Dia de Domingo" e "Leva".

Com a chegada dos anos 90, o "Sindico do Brasil" (foi em 1992 que Jorge Ben Jor imortalizou o apelido de Tim no refrão da música W/Brasil), manteve uma rotina de trabalho, ainda que tivessem se intensificado seus problemas de saúde. O resultado: a conquista de cinco Prêmios da Música Brasileira (antigo prêmio Sharp).

Uma das decisões tomadas por Tim, depois de problemas com as gravadoras, foi assumir o controle de sua carreira. Sua independência foi decretada com a criação da Seroma e a Vitória Régia.

Em 1998, durante uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, o cantor passou mal e teve que deixar o palco numa ambulância. Complicações cardiovasculares fizeram com que ficasse internado durante uma semana, e acabou falecendo no dia 15 de março, devido a uma infecção generalizada.

Tim deixou três filhos: José Carlos (falecido), Léo e Carmelo.

Quem deseja saber mais sobre a vida do artista, pode ler a biografia "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", escrita pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta. A biografia também deu origem ao filme que cona a história do artista, e foi batizado com o seu nome. 
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