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02/04/2024 às 18h17min - Atualizada em 02/04/2024 às 18h17min

José Dirceu, o homem do Petrolão e do Mensalão, volta ao Congresso para “defender a democracia”

Depois de 19 anos, ex-ministro e ex-presidiário volta à tribuna para dizer que a democracia “está em risco”

Assessoria de imprensa
Como ficaria estranho fazer o evento em 1º de abril, o Senado Federal resolveu deixar a sessão solene Em Defesa da Democracia para esta terça-feira, dia 2. E o convidado mais badalado não poderia ser outro: José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, ex-deputado federal cassado, preso quatro vezes e condenado em segunda instância a mais de 30 anos de prisão, acusado de ser o líder dos dois maiores esquemas de corrupção da história do país – o Mensalão e o Petrolão –, um dos criadores do Foro de S. Paulo, agente do serviço secreto cubano, ícone da extrema-esquerda brasileira e autor da frase “Aí nós vamos tomar o poder, que é bem diferente de ganhar a eleição”.

Em plena vigência do regime PT-STF, que criminaliza a oposição e persegue implacavelmente quem critica autoridades, José Dirceu voltou a discursar no Congresso depois de 19 anos. Em 1º de dezembro de 2005, Dirceu foi cassado por sua participação no esquema do Mensalão, e tinha prometido a si mesmo não mais voltar àquela Casa. No entanto, graças a um convite do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Dirceu voltou à antiga cena (que o atual vice-presidente Geraldo Alckmin chamou um dia de “cena do crime”) para fazer um discurso em defesa da democracia, tentando associar o contragolpe de 31 de março de 1964 ao incêndio do Reichstag brasileiro, a arruaça também conhecida como 8 de janeiro.

“Desde a Câmara dos Deputados cassou meu mandato, que o povo de São Paulo tinha me dado pela 3ª vez, eu nunca mais voltei ao Congresso Nacional. Mas acredito que João Goulart merecia e merece a minha presença aqui", afirmou Dirceu, referindo-se ao ex-presidente e companheiro de viagem dos comunistas deposto há 60 anos. Além do Dirceu, participaram do evento a viúva de João Goulart, Maria Thereza Goulart, e o presidente-executivo do Instituto João Goulart, João Vicente Goulart. Durante sua fala, o petista disse que não é só no Brasil que a democracia corre riscos, mas em todo o mundo. “A democracia está em risco porque não se fizeram as reformas estruturais, porque não há uma democracia social. Quando a democracia social deixa de existir, a democracia institucional política corre o risco. Então, nosso papel, para consolidar a democracia brasileira, é fazer uma revolução social no Brasil”, disse Dirceu, que nos tempos em que serviu à ditadura cubana era conhecido pelo codinome Daniel.

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