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23/02/2024 às 18h11min - Atualizada em 23/02/2024 às 18h11min

Pesquisadores conseguem criar testículos artificiais em laboratório

Futuramente, a técnica poderá ajudar a fornecer soluções para a infertilidade masculina

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IMAGEM:UNIVERSIDADE BAR-ILAN
Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram criar testículos artificiais em laboratório. Segundo os cientistas, futuramente a técnica poderá ajudar a fornecer soluções para a infertilidade masculina, problema que  afeta um em cada 12 homens em todo o mundo. O estudo foi publicado no periódico International Journal of Biological Sciences.

Células testiculares imaturas
No estudo, liderado por Nitzan Gonen, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, os pesquisadores criaram com sucesso pequenos órgãos artificiais chamados organoides, semelhantes às estruturas tubulares de um testículo natural. Para criar essas estruturas, os cientistas coletaram e cultivaram células testiculares imaturas de camundongos recém-nascidos. 

As células foram cultivadas durante nove semanas, o que teoricamente é tempo suficiente para completar o processo de produção de espermatozoides e secreção hormonal. Os órgãos em miniatura resultantes foram capazes de desenvolver estruturas tubulares e padrões de organização celular similares aos observados em gônadas reais. Os cientistas notaram que os organoides mostravam “sinais de entrada na meiose”, o processo que reduz pela metade o número de cromossomos para formar espermatozoides.

Imagem: UNIVERSIDADE BAR-ILAN,
No futuro, os pesquisadores pretendem fazer testes usando células humanas. “Os testículos artificiais são um modelo promissor para a investigação básica sobre o desenvolvimento e função dos testículos, que pode ser traduzido em aplicações terapêuticas para distúrbios do desenvolvimento sexual e infertilidade”, disse Gonen.

Segundo Gonen, a técnica poderia ajudar crianças em tratamento de câncer, o que pode prejudicar sua capacidade de produzir espermatozoides funcionais quando entram na puberdade. A esperança é que as células testiculares imaturas dos pacientes infantis possam ser congeladas e utilizadas no futuro para gerar filhos quando atingirem a idade adulta.

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